No meio religioso tem havido uma mistura conceitual que impede o entendimento das características do apostolado e do proselitismo.
Um bom dicionário certamente conceitua a atividade precípua do apóstolo como sendo a de um encarregado de difundir a palavra de Deus ou quem sabe, de forma alternativa, dizer que o apóstolo é um missionário abnegado.
Esse mesmo dicionário mostraria que o prosélito é um recém-convertido ou uma pessoa que se converteu a uma religião, seita, doutrina, etc.
Observando assim é bem fácil entender, mas o que tem causado confusão no meio evangélico?
Falando apenas do que se vê no Brasil: o movimento cristão é fruto de um sectarismo crescente. Entendo sectarismo como bem declinado na língua portuguesa, isto é, “espírito limitado, estreito, de seita” (dicionário Hauaiss).
Na prática o que isso significa? Que as religiões atuais, notadamente as mais agressivas, têm confundido apostolado com o proselitismo.
Como assim?
Notaram que muitas pessoas estão mais preocupadas em trazer pessoas para a sua agremiação religiosa do que simplesmente pregar o Evangelho?
Pregar o Evangelho sem bandeira é o apostolado. Aí a preocupação é mostrar às pessoas um Cristo crucificado e ressurrecto. Simplesmente fazer o mesmo que os discípulos fizeram: propagar as boas novas de salvação.
Fazer proselitismo é diferente. As igrejas e seitas entendem que depois do apostolado há algo mais esperando (necessariamente) o converso: sua adesão à comunidade instituída.
É comum ouvir de pessoas sinceras algo assim: “fulano já conhece toda a verdade, falta-lhe o batismo em nossa igreja”. Notem que a adesão é ponto importantíssimo na interpretação dos que promovem o proselitismo. É uma forma de doutrina “da porta fechada”, presente em quase todas as igrejas e seitas do Brasil.
Isso é correto?
Você acredita que a salvação das pessoas passa pela sua igreja? Caso pense diferente: por que esse desespero em levar os indivíduos ao batismo em seu grupo? Ou como dizem alguns: “das trevas para a luz”? Você crê no exclusivismo evangélico? Julga-se um ilustre felizardo por estar na única igreja verdadeira?
Enéias Teles Borges
Postagem original: 19/02/2008
Um bom dicionário certamente conceitua a atividade precípua do apóstolo como sendo a de um encarregado de difundir a palavra de Deus ou quem sabe, de forma alternativa, dizer que o apóstolo é um missionário abnegado.
Esse mesmo dicionário mostraria que o prosélito é um recém-convertido ou uma pessoa que se converteu a uma religião, seita, doutrina, etc.
Observando assim é bem fácil entender, mas o que tem causado confusão no meio evangélico?
Falando apenas do que se vê no Brasil: o movimento cristão é fruto de um sectarismo crescente. Entendo sectarismo como bem declinado na língua portuguesa, isto é, “espírito limitado, estreito, de seita” (dicionário Hauaiss).
Na prática o que isso significa? Que as religiões atuais, notadamente as mais agressivas, têm confundido apostolado com o proselitismo.
Como assim?
Notaram que muitas pessoas estão mais preocupadas em trazer pessoas para a sua agremiação religiosa do que simplesmente pregar o Evangelho?
Pregar o Evangelho sem bandeira é o apostolado. Aí a preocupação é mostrar às pessoas um Cristo crucificado e ressurrecto. Simplesmente fazer o mesmo que os discípulos fizeram: propagar as boas novas de salvação.
Fazer proselitismo é diferente. As igrejas e seitas entendem que depois do apostolado há algo mais esperando (necessariamente) o converso: sua adesão à comunidade instituída.
É comum ouvir de pessoas sinceras algo assim: “fulano já conhece toda a verdade, falta-lhe o batismo em nossa igreja”. Notem que a adesão é ponto importantíssimo na interpretação dos que promovem o proselitismo. É uma forma de doutrina “da porta fechada”, presente em quase todas as igrejas e seitas do Brasil.
Isso é correto?
Você acredita que a salvação das pessoas passa pela sua igreja? Caso pense diferente: por que esse desespero em levar os indivíduos ao batismo em seu grupo? Ou como dizem alguns: “das trevas para a luz”? Você crê no exclusivismo evangélico? Julga-se um ilustre felizardo por estar na única igreja verdadeira?
Enéias Teles Borges
Postagem original: 19/02/2008
6 comentários:
Falando em proselitismo, ouvi hoje no rádio uma denúncia da FUNAI de que as igrejas neo-petencostais estão invadindo as áreas indigenas, satanizando seus costumes milenares, exorcisando suas práticas religiosas e acabando com sua cultura.
A IASD tinha (ou ainda tem) um trabalho de evangelização (proselitismo) entre os índios Carajás. Lembra do nosso colega de teológico João Uereriá? Pois é, ele é um índio da tribo dos Carajás que se tornou pastor para poder trabalhar entre seu povo.
Qual a diferença daquilo que estão fazendo as igrejas neo-petencostais daquilo que a IASD fez na tribo dos Carajás?
O proselitismo é assim mesmo: Se sua igreja não o fizer, outra o fará!
Pensamento Adventista: "Ainda bem que entre os Carajás foi a IASD que chegou primeiro - pelo menos os índios foram catequisados com a verdade".
Proselitismo virou um ótimo negócio. A tendência é o acirramento da competitividade nesse "mercado de almas".
Nessa disputa, as igrejas neo-pentecostais apresentam um atrativo maior, pois, ao invés de um céu distante, oferecem riqueza, poder, saúde e milagres aqui e agora.
Deus, aos poucos, vai deixando de ser o objeto de adoração e culto para ser o instrumento de realização dos desejos egoístas dos homens. De Senhor, tornou-se escravo. O crente "determina" e o ameaça com o chicote da fé e Ele, sem saída, se vê obrigado obedecer.
Nesse contexto, a igreja passa a ser a porta de entrada para um mundo mágico onde milagres fazem parte da rotina. Há explicação para tudo. Há demônios para quaisquer problemas. Nada é impossível. Com orações, ofertas e doações tudo se resolve.
A estratégia é oferecer ao "mercado da fé" aquilo que ele está interessado em adquirir. E como o mercado é composto basicamente por pessoas egoísta e imediatista, a receita de satisfação me parece óbvia.
Enfim, proselitismo me parece um negócio rentável.
Confesso-lhe que ando meio cansado com tudo isso. Nem proselitismo nem apostolado. Vamos combinar uma corrida?
YEEEEEESSSSSS!!!!!!
Se forem correr não esqueçam de me chamar.
Esse não é o Evangelho que Cristo veio à terra pregar. Não. Me recuso a acreditar nisso.
Esse é apenas o desvio, o desvirtuamento da mensagem do Evangelho. Na verdade, há um desvio aí. E grosseiro.
Quem assim age, está enganado. E o pastor que incentiva isso... nem posso dizer isso aqui.
Fato é que as grandes religiões (pelo menos o Budismo, Xintoísmo e outras, até onde eu saiba, se eu estiver enganado, me corrijam) não praticam isso. Ou, ao menos, não parecem praticar tal coisa.
Aliás, esse $eparati$mo entre os "irmãos" só contribui para uma coisa: dificultar ainda mais a eles mesmos o Discipulado/Apostolado.
Proselitismo, Não!
Definição de proselitismo: "Intento, zelo, diligência, empenho ativista de converter uma ou várias pessoas a uma determinada causa, ideia ou religião (proselitismo religioso)" (Wikipedia). Se essa definição procede, será que o problema é o proselitismo ou alvo dele? Isso porque na definição não encontrei nada que envolva infração do livre arbítrio alheio. Concordo que a verdade não é uma denominação religiosa, mas não é natural que uma pessoa tenda a querer influenciar outras com seus valores? Assim como é natural ser influenciado ou não...
A verdade é que Cristo não veio para mudar nada,nem a própria LEI que Ele criou com o PAI.Quem quiser ter vida eterna, guarde os mandamentos e a fé em JESUS.Mateus 5;17. Fazer um prosélito é o que muitas regiões querem, mais guardar os mandamento de DEUS, fica fora de seus planos.Por isso o segundo erro é pior do que o primeiro.
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