sexta-feira, 22 de julho de 2011

O filósofo Pondé, o Ateísmo e o Teísmo

A revista Veja da semana passada (13/7) publicou entrevista interessante com o filósofo Luiz Felipe Pondé, de 52 anos. Responsável por uma coluna semanal na Folha de S. Paulo e autor de livros, Pondé costuma criticar certezas e lugares-comuns bem estabelecidos entre seus pares. Professor da Faap e da PUC, em São Paulo, o filósofo também é estudioso de teologia e considera o ateísmo filosoficamente raso, mas não é seguidor de nenhuma religião em particular. Pondé diz que “a esquerda é menos completa como ferramenta cultural para produzir uma visão de si mesma. A espiritualidade de esquerda é rasa. Aloca toda a responsabilidade do mal fora de você: o mal está na classe social, no capital, no estado, na elite. Isso infantiliza o ser humano. Ninguém sai de um jantar inteligente para se olhar no espelho e ver um demônio. Não: todos se veem como heróis que estão salvando o mundo por andar de bicicleta”. Sobre sexo, ele diz: “Eu considero a revolução sexual um dos maiores engodos da história recente. Criou uma dimensão de indústria, no sentido da quantidade, das relações sexuais – mas na maioria elas são muito ruins, porque as pessoas são complicadas.”

Recomendo a leitura de todo o texto em Criacionismo.

Nota: Como sabem eu sou agnóstico teísta. Fiz faculdade de Teologia e sou de tradição cristã conservadora. Migrei para o agnosticismo. Os argumentos contemporâneos do cristianismo colaboraram para isso. Eu precisaria fazer uma releitura do Criacionismo Cristão. Ocorre que isso é muito difícil. Nos tempos atuais existe o exercício permanente da má-fé. Como reestudar se tudo o que havia de original foi mexido por descuito, culpa ou dolo? A mudança de pensamento de Pondé me estimula a continuar tentando...

Enéias Teles Borges

2 comentários:

Patrícia Rodrigues Ruiz disse...

Considero o ilustre Pondé muito agressivo em suas colocações, preso as suas concepções de vida e de homem, um tanto quanto machista.
Na verdade, não é preciso crer em Deus e nem ser cristão para respeitar e auxiliar para um mundo perfeitamente suportável para se viver.
Contudo, considero que é esse movimento de práxis e de ideologias que continua fervilhando no caldo cultural e intelectual e dá sentido a ele.

Cleiton Heredia disse...

Acho que faltou a pergunta: Que tipo de Deus você acredita?

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