segunda-feira, 30 de maio de 2011

Corredor da morte, no Irã...

Trezentos traficantes de drogas estão no corredor da morte no Irã, informou o Judiciário iraniano, refletindo a linha-dura do país com os narcóticos e aumentando as preocupações sobre o uso amplo no país da pena capital. "Para 300 condenados em crimes relacionados às drogas, incluindo aqueles pegos com a posse de pelo menos 30 gramas de heroína, foram emitidos vereditos de execução", disse o procurador-geral do Irã, Abbas Jafari Dolatabadi, segundo a edição desta segunda-feira do jornal Sharq. Todos os condenados devem ser executados por enforcamento.

Segundo a Anistia Internacional, o Irã fica atrás apenas da China no número de execuções, com pelo menos 252 pessoas executados ano passado. Além do tráfico de drogas, também são punidos com a pena de morte assassinatos, adultério, estupro, roubo a mão armada e apostasia (negação da religião) de acordo com a Sharia, lei muçulmana, praticada no Irã desde a revolução islâmica de 1979.

O Irã minimiza as críticas contra seu sistema judiciário, afirmando estar implementando a lei islâmica e acusando o Ocidente de usar dois pesos e duas medidas. O tráfico e o vício em drogas são um grande problema no Irã, país que tem uma longa e porosa fronteira com o Afeganistão, a maior fonte mundial de heroína. O Irã enforcou seis condenados por tráfico de drogas na quinta-feira, quando 11 condenados foram executados no total, sendo cinco deles em público.

(Universo Online)

Nota: Dois pesos e duas medidas - acusação dirigida ao Ocidente. No que diz respeito aos crimes "materiais", dá-se um desconto. Como punir pela apostasia? Qualquer tipo de religião, no final, promove mais mal do que bem...

Enéias Teles Borges

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