Sábado passado fui com minha esposa e filha mais nova à igreja. Fazia muito calor e o ar condicionado não estava funcionando. Eu olhava para o pastor e olhava para o relógio. Queria muito que aquele culto acabasse logo.
Tentando fugir do contexto eu passei a olhar pelas janelas e por elas eu vi as copas de algumas árvores. De repente pensei: "esse povo aqui parece ser de outro mundo". Não o suposto mundo maravilhoso do além. Era como se fosse de um mundo desconectado da realidade. O mundo pega fogo e aquele rejubila dizendo: "é chegada a hora!" O mundo se acalma e ele rejubila: "essa calma prevê repentina destruição. É chegada a hora".
Trata-se de um povo que luta sete dias por semana para se alienar da realidade, esperando por um futuro grandioso. O banquete da fé é farto ao extremo. Alimento saboroso. Seria nutritivo?
Foi bom sair dali e encarar a realidade daqui de fora. Não que esta realidade seja boa, bem ao contrário. É que me sinto mais confortável (ou menos desconfortável) convivendo com a realidade. Os devaneios da fé cega e da faca amolada me fazem sofrer calado...
Enéias Teles Borges
Um comentário:
Prefiro comer um pedaço de fezes bem melecado do que passar uma hora assistindo a um culto seja do que for.
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