Não gosto de religião. Não quero gerar polêmica ou desrespeitar ninguém com esta postagem. Apenas expressarei a minha opinião.
Cresci em um ambiente religioso. Quando pequena frequentei igreja e estudei em um colégio religioso. Não nego a importância de tal formação, até porque foi nesse meio, junto com a criação de meus pais, que recebi uma boa base ética. Porém, não posso negar que me deparei com inúmeras contradições.
Acredito que foi aos dezesseis anos que parei de frequentar a igreja e, desde então, não tenho sentido falta. Isso mesmo: não sinto falta, e ainda ouso dizer que não voltarei a sentir. Pra ser bem sincera, sempre me senti presa naquele meio, nunca levei muito a sério a lavagem cerebral a que era submetida semanalmente. Sim, para mim, aquilo era uma espécie de lavagem cerebral, pura alienação. Sem mencionar o total deslocamento. Sabe quando a gente se sente deslocado em um lugar? Pois é.
Repito: não quero ofender ninguém e estou apenas expressando a minha opinião. Não estou criticando a crença ou falta de crença em qualquer força, entidade, ou o que quer que seja. Cada um é livre pra acreditar no que quiser e, se for de seu desejo, seguir alguma doutrina religiosa.
Porém, acho que o mundo seria um lugar bem melhor sem religião. Veja bem, não disse fé; disse religião. Não deveria existir denominação religiosa. Acho um absurdo a quantidade de notícias sobre violência relacionada à intolerância religiosa. Outro fator que me chama a atenção é que, geralmente as religiões pregam sobre a igualdade entre os homens, e o que vemos nestes contextos é exclusão, seja por classe social, por etnia e, principalmente, por opção sexual.
Na teoria, as religiões deveriam unir o mundo; na prática, acabam dividindo-o ainda mais. Pode soar até meio anarquista (?), mas realmente, acho que o mundo seria bem melhor sem religião.
Acho que dessa forma poderia haver mais respeito entre as pessoas. A meu ver, a falta de respeito entre indivíduos constitui um dos maiores problemas das civilizações atuais.
Respeito. É o que desejo a todos neste ano que se inicia.
Fonte: Blog da Michas.
Nota: Postagem oriunda do blogue da Michelle Maia Borges (minha filha). Uma postagem que me traz alívio no seguinte sentido: ela não é alienada. Quando digo isso eu não quero dizer que aprovo ou deixo de aprovar a sua postura. Aprovo, sim, a capacidade que ela tem para escolher e não ser apenas um papagaio do teísmo ou ateísmo...
Enéias Teles Borges
4 comentários:
Papagaio do ateísmo? Pode até ser que exista, mas não seria nada comum.
Ateísmo não é como religião aonde as pessoas recebem, aceitam e repetem um tipo de informação sem questionar (pela fé).
Ateísmo exige questionamento, investigação, reflexão, despreendimento com a segurança pessoal, autonomia de pensamento e contínua auto-análise na reavaliação dos conceitos.
Você não encontra as características acima em um mero repetidor do pensamento alheio. Aliás, eu não conheço um só ateu papagaio. Você conhece algum?
Vi esse texto também no blog do Cleiton e achei que ele reflete a opinião de muitos, inclusive a minha! Parabéns por educar sua filha de forma brilhante e imparcial. Sem dúvida era será uma grande jornalista, porque grande pessoa ela já deve ser!
Grande abraço!
Existe papagaio do ateísmo. Filhos de ateus muitas vezes são como filhos de teístas. Simplesmente dizem que são e ponto final... Existem aqueles que pelo simples fato de não aceitarem qualquer tipo de religiosidade se dizem ateus, meramente por exclusão.
É importante que cada um tenha a oportunidade de escolher em que e como acreditar, se acreditar. E é igualmente importante a existência de respeito em relação à tal escolha, seja esta aprovada ou não.
Gotei do comentário!
=)
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