quarta-feira, 6 de outubro de 2010

POLÍTICA E ÓDIO

Segundo turno

A decisão que terá início na manhã do dia 31 de outubro de 2010 promete ser quente. Naquele dia o povo votará, mas antes o povo digladiará. Há um clima de ódio em meio à política. Alguns dos muitos eleitores que não gostam de Dilma não se contentam apenas com a antipatida: precisam vociferar, bradar, lutar contra. Se possível transformá-la na representante do demônio na terra. Os que detestam Serra também partem para o corpo-a-corpo eivados de raiva. Ao que tudo indica haverá lama saindo das privadas da política rasteira.

Ódio motivador

Muitos estão tomados de um ódio que superou a antipatia. Fazem o papel de cabos eleitorais e de uma forma tão agressiva, e sem pensar, que não pautam a campanha com base na plataforma de propostas e sim no ódio que adquiriram por um ou por outro candidato. O que esperar de eleitores assim? Partem do particular para projetar o todo. O agente motivador é o ódio.

Até divindade é convocada

Existem até os que oram por candidato "A" ou "B". Os descamisados oram em prol de "A" e os melhor favorecidos oram por "B". A divindade fica emparedada. Fica difícil atender orações conflitantes. Como beneficiar um grupo se o outro também ora com fervor? Cada um que ora, não importando o candidato, entende que a divindade precisa ajudar eleger o que é o melhor para o Brasil. Como pode ser? Cada grupo quer o seu candidato e entende que ele é o melhor...

Voto consciente

Mais do que nunca os eleitores de Marina e aqueles que não participaram do primeiro turno precisam votar de forma consciente. É preciso não prestar atenção nos que odeiam, nos que oram, nos que vociferam. É preciso olhar no espelho e dizer: "sei o que quero. Não dependo de influência, de qualquer tipo, vinda de terceiros..."

Enéias Teles Borges - Autor
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