quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A ciência e os defuntos espaciais

Pois é: descobrem planetas que hoje devem estar mortos. As imagens que chegam à terra partiram, na velocidade da luz, há muito tempo. Milhares, milhões e até bilhões de anos! Os exoplanetas gigantes não passam de defuntos cósmicos ou, como queiram, defuntos espaciais.

Planetas gigantes e quentes podem ter vida curta, diz estudo

A maioria dos "Jupíteres quentes" que os astrônomos buscam em aglomerados de estrelas provavelmente já foram destruídos há tempos, diz artigo aceito para publicação no Astrophysical Journal. Os autores, John Debes e Brian Jackson, da Nasa, levantam a hipótese para explicar por que nenhum planeta de trânsito - mundos que cruzam a linha de visão entre suas estrelas e a Terra - jamais foi observado em aglomerados estelares.

A pesquisa prevê que a busca por planetas atualmente em curso com a missão Kepler terá mais sucesso em aglomerados jovens. "Planetas são difíceis de achar", disse Jackson, em nota. "E nós descobrimos mais um motivo para isso".

Quando astrônomos começaram a buscar planetas nos aglomerados globulares de estrelas, há cerca de uma década, havia a esperança de que muitos novos mundos fossem encontrados. Esperava-se que uma busca realizada no aglomerado 47 Tucanae, por exemplo, encontrasse pelo menos uma dezena de planetas entre 34.000 estrelas candidatas. Mas nada foi achado.

Segundo Debes, a grande maioria dos mais de 450 planetas encontrados fora do Sistema Solar estão em órbita de estrelas solitárias, fora dos aglomerados.

A grande densidade de estrelas nos aglomerados sugere que os planetas podem ser arremessados para fora de seus sistemas solares pela gravidade de astros próximos. Além disso, os aglomerados se mostram pobres em "metais" - astronomicamente, o termo se refere aos elementos químicos mais pesados que o hélio - que são a matéria prima dos planetas.

Debes e Jackson propõem que Jupíteres quentes - planetas gigantes que têm órbitas muito próximas a suas estrelas - são rapidamente destruídos. Nessas órbitas estreitas, a atração gravitacional entre estrela e planeta reduz a energia da órbita planetária, o que faz com que o planeta chegue cada vez mais perto do astro. Ao longo de bilhões de anos, o planeta acaba mergulhando na estrela ou destroçado por ela.


Nota do Editor: O criacionismo não é palpável e a ciência não consegue a exatidão necessária. Em se tratando de astronomia é preciso uma dose de fé, assim como ocorre no criacionismo...

Enéias Teles Borges
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Um comentário:

Cleiton Heredia disse...

A diferença da fé na astronomia, que é uma ciência, para a fé exigida pelo criacionismo, que é uma religião (ou dogma religioso), é que a primeira não tem medo de mudar frente a um fato novo migrando assim para novas "crenças", já a segunda não aceita mudanças, pois elas representam o fim da fé.

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