terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ver e crer ou crer e ver?

A conversa é bem antiga. Para ver é necessário crer. Os racionalistas, claro, vêm no sentido contrário e dizem que é necessário ver para crer. Vivi muito tempo crendo e pensando que via. Hoje, mesmo vendo, vejo e não sei se devo crer. Por que crer sem ver? Quem disse que bom mesmo é aquele que primeiro crê para depois ver?

Ver e crer

O cientista não descarta possibilidade, mas afirma: só creio vendo! Seja lá o que for, não importa o que pareça ser, será objeto de crença, desde que visto (provado).

Alguém tem autoridade para criticar essa postura?

Crer e ver

O crédulo tem ponto de vista distinto. É preciso crer para ver. Curiosamente poucos que creram e disseram ter visto, mostraram o que viram. É fácil crer e ver coisas banais. Quero ver crer e ver coisas grandes. Alguém acreditou e viu uma montanha sendo movida? Alguém ousou crer e viu um braço amputado ser restaurado?

Haveria, porém, alguém com autoridade para criticar essa postura?

Moral da história

Eu cresci num contexto e acreditava plenamente que crendo eu veria. Nunca me perguntei, com profundidade, o que de fato eu queria ver. Hoje eu, como agnóstico teísta, só crerei se ver. Ponto final!

Enéias Teles Borges
Postagem original: 08/07/2010

Um comentário:

Cleiton Heredia disse...

Não sei se entendi direito, mas se algo é perceptível pelos sentidos (no caso a visão), então não será necessário crer, mas sim aceitar aquilo que está claramente evidenciado.

A crença é justamente utilizada para complementar a visão, pois vai aonde os sentidos não conseguem alcançar.

Por outro lado, muitas coisas que vemos são passíveis de interpretação e é exatamente aí que as crenças podem influenciar aquilo que é visto.

Normalmente as crenças pré-concebidas mais cegam do que ampliam a visão.

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