quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Evolução ou pecado?

Alguns fatos mensuráveis são tidos como consequência do pecado (por diversos segmentos criacionistas) e como prova irrefutável da evolução. É bom que se entenda, também, evolução como modificação. Querer que evolução abarque somente a capacidade de sobrevivência é reduzir demais o fito da teoria.

Ilustrando minha pretensão:

Um exemplo curioso é o tubarão branco. Uma verdadeira máquina mortífera. Para muitos é prova da evolução. Aperfeiçoamento para sobreviver e dominar. Para muitos é consequência do pecado. Todos os animais, segundo creem, não deveriam matar para comer. Digamos assim: todos os animais seriam herbívoros ou qualquer coisa que o valha. Afinal comer um alface não significa matar (é mesmo?).

Pensemos em bichos feios: barata e escorpião. Quanto tempo vive uma barata? Muito pouco. Para que serve ser tão asqueroso? Sei lá! A evolução deve explicar isso como modificação na busca do aperfeiçoamento. Nojento para nós? Para a barata, no seu habitat, deve ser fator de sobrevivência. Não dizem que barata e escorpião resistiriam até mesmo a uma guerra nuclear? Para os criacionistas o que significa a existência de seres tão desagradáveis? Seriam resultantes do efeito do pecado? Possivelmente esse seja um dos argumentos.

O que vemos no mundo é evolução ou degradação? Para os criacionistas, aos quais me refiro, o mundo vai de mal a pior e tudo por culpa do pecado. Quero ver os evolucionistas aceitando argumento tão prosaico...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 21/05/2010

5 comentários:

Altamirando Macedo disse...

O que você julga como evolução, modificação genética, lei da sobrevivência ou degradação?
Para uma sublime barata, você pode ser asqueroso. Não se esqueça que o homem é o único animal que destrói seu habitat, não faz parte da cadeia alimentar e não se harmoniza com o ambiente natural. Quem pecou?

Anônimo disse...

hehehe... Isso é assunto que não tem fim. Penso que até as baratas tem uma razão de existirem, nós humanos é que desconhecemos ainda essa razão, será?

Quanto aos animais que não deveriam matar para sobreviver, não imagino como. Os vegetarianos fanáticos que me desculpem, mas eles também tiram a vida das plantas para matarem a fome.

Quanto ao pecado, só os fanáticos vêem pecado em todo canto. Para mim "pecado" é ir contra o que é natural e saudável. Mas eu já prefiro não usar esse termo arcaico, e sim uma desordem ou desequilíbrio que interfere no nosso bem estar pessoal e do meio em que vivemos.

Beijos na alma, amigo!

Eduardo Medeiros disse...

Poxa, e os sentimentos da alface??

O pecado deve ser visto apenas como um símbolo da indisposição animal e primitiva que temos uns para com os outros. Mas isso faz parte da evolução. Ainda somos seres egoístas por natureza.

O universo nos deu consciência. Isto nos trouxe sérias consequências...

Altamirando Macedo disse...

Enéias, pasme!...Olhando a foto que ilustra a postagem percebi, através da mão,a capacidade de melhorar a evolução sobrevivendo em harmonia com a natureza. Bem simples.Como não podemos matar animais nem plantas para nossa alimentação, tornaríamos canibais. Praticando este atavismo estaríamos tornando úteis grande parte da população humana que hoje só serve para atrapalhar a evolução da outra pequena parte. Mataríamos um coelho com duas pauladas, uma nos indigentes outra nos sentenciados. Quem reclamasse seria comido. É uma idéia....

Altamirando Macedo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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