segunda-feira, 21 de março de 2011

É possível pactuar com uma divindade?

O pacto é um acordo entre partes. Vale dizer que, num acordo, os envolvidos precisam possuir uma ferramenta que permita o cumprimento do pacto ou o aferimento do seu não cumprimento. Em palavras bem simples poderíamos dizer que num pacto as partes precisam ser alcançadas, em caso de cumprimento ou não. Não fosse assim como ter a certeza de que o pacto será cumprido?

Eis porque se torna complexo pactuar com uma divindade. O lado humano (material) está à vista e é palpável. Como seria possível formular um acordo entre o lado humano e o lado divino (imaterial)?

Outro ponto que não se cala: como conferir se o pacto está sendo cumprido? Como as partes poderiam se alcançar? Quem poderia arbitrar para saber se o pacto está sendo honrado?

Em resumo eu diria que é impossível tal pactuação. Não seria possível pactuar porque não seria possível o alcance entre as partes - sendo uma material e a outra imaterial.

Como explicar, então, os pactos sugeridos nos centros da fé cega e da faca amolada? Fácil de explicar. Entre as partes (material e imaterial) existe o intermediário que, segundo se sabe, tem condições de promover o alcance entre os pactuantes e saber se o pacto foi assinado, está sendo cumprido ou se foi violado. Esse intermediário tem nome que pode variar conforme a administradora que é contratada. Em alguns lugares ele é conhecido por padre, em outros por pastor, bispo, apóstolo, missionário, reverendo, ancião, diácono...

Quer pactuar com uma divindade? Confia nos intermediários que existem aos borbotões? Então vá e assine o contrato, mas não cobre a assinatura (visível) da outra parte...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 08/10/2009

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