domingo, 19 de dezembro de 2010

Einstein: religião do futuro?

A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia (Einstein).

Quando o nome do grande cientista é invocado para determinados fins ele, Einstein, é alçado ao patamar de grande cidadão humano. Quando se refere a Deus, merece o mesmo respeito? A frase acima procede? Será assim mesmo?

Fico, muitas vezes, observando o rumo que tomam os centros de religião coletiva. Cada centro com sua teologia sistemática, cada centro com seus dogmas, cada centro com sua cultura, que falsamente entende como religião. Com o advento do mundo globalizado, das orações via internet, com milhares de seitas e grupos, a religião não está se tornando algo que escapa à tradição?

O que podemos entender como transcendência a um deus pessoal? Seria admitida a existência de um ser superior, mas que não interfere no acontecer constante do universo? O que será da cultura religiosa sem a convicção da existência de um deus pessoal? Como viveriam os homens sem medo do inferno e sem um céu a herdar? Como conviver com a idéia da morte sem a ressurreição?

O dia-a-dia do mundo está mostrando claramente que as culturas religiosas servem, sim, como freios sociais, difusores de esperança sem base científica, defensores da fé cega e faca amolada e nada mais do que isso...

Seria um exagero entender apenas assim?

Enéias Teles Borges
Postagem Original: 29/07/2009

3 comentários:

Cleiton Heredia disse...

Enéias,

Este assunto é muito interessante, porém considero sua continuidade e aprofundamento um tanto quanto complicado.

Quando passamos a considerar a idéia de uma força maior sem necessariamente ser uma entidade pessoal, entramos num terreno especulativo onde cada um se sente livre para dizer o que lhe é mais conveniente.

Em outras palavras, se formos por este caminho, a religião do futuro terá tantos deuses diferentes quanto for o números de habitantes neste planeta, onde cada um terá o seu Deus personalíssimo feito sob medida.

Hoje já existe isto, mas com a diferença que os deuses são formulados a partir de interpretações diferentes de textos considerados como revelações divinas.

Não vejo nenhuma possibilidade de se chegar à verdade sobre Deus, caso este não decida se revelar de forma convincente, detalhada e compreensível.

Por este motivo eu sou da opinião de que se Deus não nos forneceu até hoje qualquer tipo de revelação conclusiva e irrefutável, Ele não poderá um dia nos cobrar por algo que não fez.

Será que estou equivocado?

Tudo para escolas disse...

Cleiton,

Do meu ponto de vista você está certo. Onde não há justiça não há pecado, não é o que está na Bíblia?

Altamirando Macedo disse...

Enéias,
Concordo,em parte com Heredia.São tantos os Deuses que até Einstein já foi considerado um.Ademais não è nada mal personificarmos um para termos um ceuzinho com setenta virgens nos esperando ao lado de ALÀ.Convenhamos.

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