quarta-feira, 6 de julho de 2011

Diretor pneu


Durante meus seis anos no internato, conforme disse ontem, eu presenciei cenas hilárias e tristes. Outro dia comentários a respeito de um diretor que foi apelidado de “disco voador”, pois era baixinho, chato e ninguém acreditava nele.

Tivemos outro diretor, no setor administrativo, que foi apelidado, pelo pessoal do SALT (Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia) da seguinte forma: “diretor pneu”. Era outro baixinho, com voz estridente e irritante que “não cheirava, nem fedia”. Ocupava um cargo com a mesma eficiência que o faria um “cabo de vassoura”, isto é: nada! Alguns diziam que ele parecia vereador de cidade pequena pois “não prestava para nada”...

Por que foi apelidado de “diretor pneu”? Ele tinha alguns comportamentos absurdos. Cumprimentava alguém, esquecia-se e logo em seguida estendia a mão e cumprimentava de novo com a pergunta de sempre: “como vai, tudo bem?” Num amigo secreto que ficou famoso ele presenteou a sua contraparte com um panetone, comprado nos últimos minutos na mercearia da escola. A pessoa que recebeu o panetone (a mesma que tinha organizado o evento) chorou de decepção e raiva!

Ainda não respondi: por que “diretor pneu”? Segundo explicações da turma do SALT, que não conseguia progressos em nada que se tentava com ele era justamente por isso: a reação era a mesma que acontecia quando se batia com um martelo num pneu cheio, ou seja: o martelo voltava na direção de quem martelava.

Fazia sentido! O homenzinho não resolvia nada! O assunto batia nele e voltava! Cabia-lhe bem a alcunha de “diretor pneu”.

Houve quem dissesse isso tudo para ele e, como costumava acontecer, nem "deu bola", fingiu que não era com ele. De fato comportava-se como um pneu sendo “atacado” por um martelo...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 16/12/2008

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