terça-feira, 25 de novembro de 2008

Pomerode - SC

Pomerode
Enéias Teles Borges

Pomerode sofre com as chuvas. Confesso que sofro também. Passamos o Natal de 2004 lá, naquele lugar que parece um canto do Paraíso. Ela estava vazia pois quase todos os moradores tinham descido rumo ao litoral. A cidade era “nossa”. Ficamos num hotel agradável e fomos muito bem atendidos. Visitamos dois pequenos templos da Igreja Adventista do Sétimo dia e no dia 31 de dezembro assistimos a um "pedaço" da programação na Igreja Luterana.

Causa comoção ver o estado no qual se encontra aquela linda cidade - em face das chuvas.

Segue abaixo um pouco da história da cidade:
Assim como diversas cidades brasileiras, Pomerode surgiu com a imigração alemã no Brasil, em 1861, com a chegada dos primeiros imigrantes. A criação da colônia, estrategicamente entre Blumenau e Joinville, foi incentivada pelo grupo do Dr. Hermann Blumenau, para que fortalecesse o comércio entre ambas. Os lotes de terras foram divididos entre os imigrantes, que passaram a se dedicar às produções de arroz, batata, fumo, mandioca, feijão e na criação de animais. Com a chegada do século XX, pequenas indústrias se instalaram na região, com destaque para as de porcelana.

A maior parte desses imigrantes alemães vieram da região histórica da Pomerânia, situada entre o norte da Alemanha e Polônia e de onde se origina o nome do município. Os pomeranos são descendentes de uma mistura de povos germânicos e eslavos e, desde o século XII, quando passaram a fazer parte do Sacro Império Romano-Germânico, sofreram um processo de germanização de seu idioma e costumes. Quando chegaram ao Brasil, os pomeranos não se identificavam como sendo alemães, pois possuíam características culturais distintas porém, com o passar do tempo, acabaram se incluindo entre os alemães.

Dentre os diversos grupos de alemães que imigraram para o Brasil, os pomeranos formaram uma minoria e por isso, quando chegavam ao Brasil, mesclavam-se com outros grupos de alemães, o que contribuía para perder sua herança cultural. Apenas em três localidades brasileiras os pomeranos formaram a maioria dos imigrantes, contribuindo assim pela manutenção dos seus costumes: em Santa Maria de Jetibá, no estado do Espírito Santo, São Lourenço do Sul, Morro Redondo e Arroio do Padre, no Rio Grande do Sul, e em Pomerode.

Com o fim da II Guerra Mundial, a maior parte da Pomerânia foi anexada à Polônia e uma pequena parcela ficou na Alemanha, chamada de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Muitos pomeranos se refugiaram na Alemanha Oriental ou imigraram para outros países, com isso, acabaram por perder grande parte de seus costumes. De fato, o Brasil tem mais falantes da língua pomerana do que a própria Alemanha.

No Brasil, a II Guerra Mundial também foi decisiva para a nacionalização dos imigrantes alemães: o presidente Getúlio Vargas, após declarar guerra contra a Alemanha, proibiu o uso da língua alemã no País, além de proibir a construção de casas sob arquitetura germânica ou manifestação da cultura da Alemanha. Isso afetou Pomerode e todas as colônias alemãs do Brasil, que passaram a se abrasileirar.

Ao todo, 300 mil brasileiros são descendentes de alemães pomeranos.
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Fonte: (wikipédia).

Um comentário:

Anônimo disse...

minha familia é de pomerode e conheço desde criança que lugar lindo, cheio de magia e encanto ,tudo que vc descreveu esta correto . e a torta de queijo que delicia.fico triste por saber das chuvas um grande abraço adriana de lima ferreira

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