domingo, 19 de setembro de 2010

O que penso e por que escrevo?

O que penso e por que escrevo? Afinal em que lugar pretendo estender minha rede? Meus textos são exposições do meu pensamento ou não passam de um despistar sem fim? Minha forma de escrever denota um inquietante estado de espírito, que é nervoso, que é inseguro, que é seguro, que é sereno (...)?

Na realidade costumo escrever como se estivesse estabelecendo um diálogo com alguém e esse alguém sou eu (de novo)... Também procuro me fixar (e estar) em diferentes pontos e me dirijo a esses pontos como se tais pontos fossem diferentes pessoas numa platéia curiosa e sem medo. Sem medo sim, pois a coragem é fundamental para o “eu” que escreve e para o “eu” que lê. Muitas vezes o “eu” que digita parece-se com você e, às vezes, você se identifica com o “eu” que lê. O que pode acontecer? Você não se identificar com o “eu” que lê ou com o “eu” que expõe (...) e até discordar de forma frontal do que está escrito...

Não me envaideço com o concordar nem me entristeço com o discordar. Realizo-me, sim, com a sua leitura atenta, seu refletir ponderado, concordando, discordando, lamentando, odiando, gostando... Sua leitura sim é interessante. Sua reflexão depois da leitura é o meu alvo. Supremo objetivo!

O que penso? Em muitas coisas. E por que escrevo? Não seria, até de forma institiva, para promover um permanente convite à reflexão?

Enéias Teles Borges - Autor

Postagem original: 10/08/2008
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