Quando eu era criança, acredito que no ano de 1968, costumava ouvir o rádio, lá de casa, que tocava músicas sertanejas. Minha mãe levantava cedo e ligava numa estação chamada de Rádio Clube de Conquista, da cidade de Vitória da Conquista no Sudoeste da Bahia.
Uma música marcou esse tempo, nem sei quem é o autor da letra (alguns sugerem que seja a Inezita Barroso). A realidade é que eu tinha seis anos de idade quando ouvia essa música e continuo ouvindo hoje, atualmente na voz do músico Sérgio Reis.
Desde aqueles saudosos tempos eu me perco em pensar acerca da vida humana, da realidade da qual não se pode fugir: nosso corpo voltando a ser poeira, como brilhantemente canta o autor dessa poesia.
Lembrando-me do falecimento de minha avó, que também ouvia essa música, vejo o tempo passar diante dos meus olhos e a vida caminhar em direção à poeira.
Abaixo a letra:
POEIRA (autor?)
O carro de boi lá vai
Gemendo lá no estradão
Suas grandes rodas fazendo
Profundas marcas no chão
Vai levantando poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Olha seu moço a boiada
Em busca do ribeirão
Vai mugindo e vai ruminando
Cabeças em confusão
Vai levantando poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Olha só o boiadeiro
Montado em seu alazão
Conduzindo toda a boiada
Com seu berrante na mão
Seu rosto é só poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Barulho de trovoada
Coriscos em profusão
A chuva caindo em cascata
Na terra fofa do chão
Virando em lama a poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Poeira entra meus olhos
Não fico zangado não
Pois sei que quando eu morrer
Meu corpo irá para o chão
Se transformar em poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Poeira do meu sertão, poeira
Poeira do meu sertão.
Enéias Teles Borges
Postagem original: 25/07/2008
Uma música marcou esse tempo, nem sei quem é o autor da letra (alguns sugerem que seja a Inezita Barroso). A realidade é que eu tinha seis anos de idade quando ouvia essa música e continuo ouvindo hoje, atualmente na voz do músico Sérgio Reis.
Desde aqueles saudosos tempos eu me perco em pensar acerca da vida humana, da realidade da qual não se pode fugir: nosso corpo voltando a ser poeira, como brilhantemente canta o autor dessa poesia.
Lembrando-me do falecimento de minha avó, que também ouvia essa música, vejo o tempo passar diante dos meus olhos e a vida caminhar em direção à poeira.
Abaixo a letra:
POEIRA (autor?)
O carro de boi lá vai
Gemendo lá no estradão
Suas grandes rodas fazendo
Profundas marcas no chão
Vai levantando poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Olha seu moço a boiada
Em busca do ribeirão
Vai mugindo e vai ruminando
Cabeças em confusão
Vai levantando poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Olha só o boiadeiro
Montado em seu alazão
Conduzindo toda a boiada
Com seu berrante na mão
Seu rosto é só poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Barulho de trovoada
Coriscos em profusão
A chuva caindo em cascata
Na terra fofa do chão
Virando em lama a poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Poeira entra meus olhos
Não fico zangado não
Pois sei que quando eu morrer
Meu corpo irá para o chão
Se transformar em poeira, poeira vermelha
Poeira, poeira do meu sertão
Poeira do meu sertão, poeira
Poeira do meu sertão.
Enéias Teles Borges
Postagem original: 25/07/2008
Um comentário:
Esta música faz parte da trilha sonora do filme "2 filhos de Francisco", que você reluta tanto em ver. Mas acredito que se você realmente cresceu em contato com a música sertaneja de raiz, como é esta mencionada em sua postagem, apreciaria muito o filme.
Vamos lá amigo, abra sua mente! O mundo do cinema não se resume aos filmes Hollyhoodianos, cujo formato já saturou. O cinema nacional tem produzido filmes muito bons.
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