domingo, 25 de setembro de 2011

Curtindo a vida adoidado

Recentemente assisti (mais uma vez) ao filme “curtindo a vida adoidado”. É uma aventura que retrata momentos de dois adolescentes e mostra algumas rápidas aventuras num lapso de tempo relativamente curto. Uma seqüência do filme que me chamou especial atenção foi aquela em que os jovens pegam o carro do pai (guardado e protegido como jóia preciosa) e saem para curtir a vida. Deixam o carro num estacionamento e pedem especial cuidado com o veículo. Tão logo os dois se retiram os jovens responsáveis pelo estacionamento saem com o carro de forma super acelerada e sem qualquer preocupação com o bem.

Emergem três situações: um pai que possui um carro e o trata como bem precioso, um filho que sai com o veículo sem autorização e as pessoas que deveriam guarnecer o bem depositado o usam de forma irresponsável.

Uma espécie de escalada cada vez mais íngreme ou cada vez mais inconseqüente.

Refletindo:

Quando eu ainda cursava a faculdade de teologia eu tive um colega (muito inteligente) que gostava de elaborar sermões e palestras com base na evolução do erro. Um erro que provoca outro erro e crescendo sempre em gravidade. No final ele considerava a mentira como a última instância da escalada do erro. A mentira teria, no final, o fito de esconder os erros anteriores.

Amigos! Tem sido assim. É quase impossível ver na sociedade algo que não esteja afetado pela escalada do erro. Os erros estão infiltrados em quase todas as ações coletivas. Para encobrir um erro vem sempre outro em escalada alucinante e no final o que resta: a mentira – a grande prostituta das provas.


Enéias Teles Borges
Postagem original: 18/07/2008

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bom seu comentário sobre o filme! Interessante sem dúvida e intrigante! Obrigada pelas várias reflexões!

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