terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um poema para o omisso

A vida fica menos tensa quando embalada por poesia. Fiz um poema e o dediquei ao omisso. Não me preocupei com a métrica, não me atentei para a rima. Pensei apenas no sentido.

SEI QUE NÃO VI...

Eu não quero ver, virarei o rosto.
Virei o rosto, não vi, mas sei que há.
Sei que há, mas ninguém me culpará!
Direi que não sei, direi que não vi.

Como não vi, não sou obrigado a saber.
Não sei, como alguém me intimará?
Sendo intimado eu direi que não sei.
Não sei! Sei que não sei! Nem olhei...

Não olhei e fico tranqüilo.
Ninguém poderá dizer que eu vi.
Ninguém poderá me culpar.
Ninguém dirá que me omiti.

Como posso ter me omitido? Eu não vi!
Se não vi, como posso saber?
Se não sei quem me culpará?
Eu não sei, pois sei que não vi.

Eu não quis ver, virei o rosto.
Virei o rosto, não vi, mas aconteceu...
Sei que houve, mas ninguém me culpará!
Pois eu não vi, virei o rosto, não vi.

Enéias Teles Borges
Postagem original: 10/06/2008
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