terça-feira, 15 de abril de 2008

O papa e o presidente poderoso

Bento XVI está nos Estados Unidos da América do Norte. O líder máximo da maior comunidade cristã está no País mais poderoso do planeta. O encontro dos gigantes: aquele que detém o poder temporal e o que difunde a doutrina.

Muitos entendem que esse encontro é peça fundamental do quebra-cabeça do quadro profético. Um outorgando poder ao outro. Fusão dos maiores poderes sobre a terra.

Maiores poderes? O mundo islâmico está fora disso? E as religiões orientais? As profecias para o mundo estão adstritas a um país do ocidente e um líder cristão? E os outros: estão longe da graça e da ira divinas?

Verdade ou mais algum arroubo de arrogância?

Precisamos ver o que acontecerá nessa visita papal e sua repercussão no contexto protestante.

Por enquanto é momento de ouvir, ler e falar pouco e bem depois. Bem depois mesmo! Não por omissão ou proteção de imagem anti-alarmista. Trata-se cautela.
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Um comentário:

Cleiton Heredia disse...

Estes dois que hoje se encontram tem tudo haver um com o outro!

Ambos são extremamente tradicionalistas, dogmáticos, com fortes tendências ditatoriais, e estão do mesmo lado contra a eutanásia, o aborto e o casamento gay.

Vocês sabiam que quando o Papa João Paulo II ainda estava vivo, o então Cardeal Joseph Ratzinger exerceu forte pressão manipulativa sobre seu clero e membros nos EUA para que apoiassem a re-eleição de G.W.Bush?

A coisa foi mais ou menos assim: João Paulo II tinha dado um puxão de orelha no Presidente Bush por causa da guerra do Iraque, mas este devidamente orientado por seu assessor político Karl Rove, lembra o Papa que se novamente eleito poderia ser um poderoso aliado do Vaticano na luta pela preservação dos rigores mais tradicionais da igreja perante o mundo.

O Cardeal Joseph Ratzinger capta a mensagem e como o responsável pela "Congregação para a Doutrina da Fé" (Departamento da Inquisição Católica com um nome mais simpático), começa a recomendar aos bispos americanos que recusassem comunhão a políticos católicos que não se posicionassem claramente contra o aborto.

É claro que com isso pretendia atingir diretamente o outro candidato a presidência, cujas idéias sobre o assunto eram bem mais liberais.

A coisa foi ainda mais além quando nas últimas semanas da campanha presidencial de 2004, foi lida nos púlpitos das igrejas católicas nos EUA uma carta pastoral que dizia que votar no candidato democrata era o mesmo que "fazer um consórcio com forças satânicas".

A estratégia deu resultado aumentando o apoio dos católicos a Bush que resultou num empate e sua posterior vitória misteriosa e questionável.

Meses depois da re-eleição de Bush, morria o já morimbundo Papa João Paulo II, e advinha quem foi eleito novo Papa?

Sim, o próprio Joseph Ratzinger.

Desta forma consolida-se a aliança entre a Casa Branca e o Vaticano numa troca de favores memorável.

É isto mesmo senhores! Tenho profundas convicções que com estes dois à frente dos destinos do mundo, caminhamos a passos largos de volta aos tempos medievais quando se queimavam os hereges em fogueiras e se propagava o cristianismo em outras terras sob o luzir das espadas.

Decreto dominical?

Eu me arriso a deixar a cautela de lado e dizer que é algo bem possível de acontecer.

Fiquemos de olho nos acontecimentos dos próximos dois dias.

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