Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião. (Abraham Lincoln)
Parece-nos que não há muito mistério aqui. Sentir-se bem ao auxiliar o próximo e sentir-se mal ao fazer o que não é devido, é a essência que deveria permear o ser humano. Tal proceder bem que poderia independer de religião de prêmio e de castigo. Simplesmente fazer o bem porque é bom e não fazer o mal, pois praticá-lo é ruim.
O problema é que a prática do bem tem sido vinculada à ideia de premiação. Quem faz o bem herdará a vida eterna. Quem faz o mal haverá de pagar. Bem e prêmio, mal e castigo. Tem sido assim nos contextos de influência predominante de religiões oriundas do patriarca Abraão. Judeus, cristãos e muçulmanos vinculam o bem ao futuro promissor. Fogem do mal porque seu salário é a morte. "Há um céu a ganhar e um inferno a evitar".
Será que o ser humano conseguiria praticar o bem sem esperar nada, absolutamente nada em troca? Muitos dizem que sim, mas na prática, como seria? Como todos nós agiríamos para preservar a nossa vida, num caso extremo, se tivéssemos que disputar o último pedaço de pão e o último copo de água?
Acredito que entraríamos num estado de guerra. Todos contra todos e ninguém preocupado em diferenciar o que é o "bem" e o que é o "mal".
No momento apenas teorizo, mas tenho quase certeza que nem mesmo as religiões acima citadas evitariam a guerra pela sobrevivência...
Enéias Teles Borges
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