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Convites permanentes à reflexão. Fomento de ponderações racionais construtivas. Textos de Filosofia, Teologia e Direito. Tentativas constantes de análise do mundo sob as perspectivas filosófica e teológica.
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quarta-feira, 20 de novembro de 2013
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
O ateísmo e o freio social
Um argumento forte, utilizado pelos religiosos, é que a prática da religião funciona, no mínimo, como freio social. Em resumidas palavras: não fosse a crença o mundo seria caótico.
É assim mesmo?
Caso concordemos com a afirmativa, o que poderíamos inferir de uma sociedade com forte influência do ateísmo? Que seria a imagem da desordem social?
Obviedade é ver que a religião, servindo-se da promessa do paraíso e da ameaça do inferno, consegue segurar a massa. Claro que nem todos praticam o bem tão somente em razão da esperança e do medo.
O que podemos afirmar, sem qualquer sombra de dúvidas, é que a moral e a ética, presentes entre teístas e ateístas promovem o bem estar social em sua plenitude.
Enéias Teles Borges
domingo, 8 de julho de 2012
O ateu e o pecado
No mundo cristão pecado é transgressão da lei ou de preceito religioso. Neste mesmo mundo, o ateu é aquele que crê na inexistência de deus. A partir destas duas premissas emergem conclusões e quase todas falaciosas.
A principal delas decorre de um raciocínio torpe: o ateu não crê na existência de deus e, por esta razão, não enxerga motivo para cumprir uma lei religiosa. Concluem, portanto, que o ateu é um transgressor por natureza (ou escolha), pois não está sob a lei divina.
Esta forma de raciocinar impregnou o mundo cristão de tal modo que as pessoas sempre veem num ateu a cumplicidade com o erro. Erro, diga-se de passagem, somente enxergado pelo cristão e, segundo ele, ignorado pelo ateu. É razoável supor, dentro deste mesquinho pensamento, que todo ateu é ruim por convicção. Não é de se estranhar a maneira como os menos esclarecidos e os bitolados da fé cega e da faca amolada insurgem-se contra os ateus como se eles conspirassem contra a ordem, a moral e a ética.
Crianças desde o início da vida são induzidas a pensar assim. Tornam-se adultas preconceituosas e colaboram para que esta violência ideológica passe de geração para geração. O ateísmo e o pecado se confundem na mente dos cristãos modernos (como se fossem palavras sinônimas), o que sempre ocorreu no passado...
Hoje eu compreendo isso com mais facilidade. Costumo formular perguntas escolhidas e as dirijo a muitas pessoas que conheço. As respostas são sempre eivadas de preconceitos. Atualmente o preconceito contra o ateu é imenso e absurdo. Os pais cristãos acostumam-se aos casamentos entre pessoas de "raças" e "cores" diferentes. Até mesmo entre pessoas de religiões cristãs diferentes, mas casamento de cristão com ateu? Nem pensar...
Alguém discorda? Faça, de forma bem discreta, umas perguntas bem formuladas para os amigos que conheça de forma amistosa. Verá que estou coberto de razão, infelizmente...
Enéias Teles Borges
Postagem original: 04/06/2010
Enéias Teles Borges
Postagem original: 04/06/2010
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Deus no coração?
Há momentos em que perguntamos: os ateus, que não têm Deus no coração, são mais altruístas que aqueles que dizem ter Deus no centro de suas vidas?
Veja a imagem acima (tecle nela para ampliar) e responda para a sua consciência...
Enéias Teles Borges
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Religiosos com imensa vantagem...
Os religiosos sempre levam e levarão vantagem. Dizem que há um céu a ser usufruído por toda a eternidade. Os ateus discordam disso. Caso os religiosos tenham razão poderão dizer: "viu só? Eu não disse que seria assim?" Caso os ateus tenham razão, nada poderão dizer (mortos). Até porque não existirá quem possa ouvir. Eis por que a "aposta de Pascal" faz sucesso até hoje.
Enéias Teles Borges
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
O ateísmo, a ilusão e a magia...
O que algumas pessoas precisam entender acerca do ateísmo é que nele não
se acredita na existência de divindade. Não se acredita, também, na
existência de poder espiritual antagônico. Para o ateu não existe deus,
nem existe o diabo. Quando um ateu produz obra boa não é, segundo ele
(ateu), resultado de ação divina. Quando produz algo que é considerado
deletério, o ateu não atribui isso a algum poder oriundo das trevas.
Entender essas premissas não é difícil. Difícil é aceitar. Muitos,
quando muito, apenas toleram. O ateu tem uma vantagem que salta aos
olhos: não sai por aí chamando as pessoas de "filhas do diabo" (nem
filhas de deus). Os ateus não vendem ilusão, ainda que não condenem a
magia que alguns praticam. Magia (crença) que minora a dor neste mundo
hostil. Podem dar valor ao que digo. Não sou ateu. Sou agnóstico teísta...
Enéias Teles Borges
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
O ateu não é bom?
O pai, homem religioso, em conversa com o filho, ainda criança, disse:
- O que faz o homem ser bom é a presença de Deus no coração. O ateu não crê na existência de Deus, logo não o tem no coração. O ateu não é bom...
O tempo passou a criança cresceu e, na condição de adolescente, conheceu muitas pessoas. Inclusive ateias. Notou que os ateus não diferiam muito dos religiosos. Um dia disse isso ao pai e ouviu como resposta:
- Quando o ateu faz algo bom é porque Deus o está usando como objeto. Nem mesmo o ateu se dá conta disso. O ateu definitivamente não é bom. As boas obras que ele pratica não vêm dele, mas da ação de Deus, sem a sua consciência.
O filho resolveu não discutir com o pai. Não adiantava muito dar murro em ponta de faca.
Enéias Teles Borges
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
A inteligência e a fidelidade sexual
Um estudo, no mínimo curioso, sugere que os homens mais inteligentes tendem à fidelidade, isto é: quanto mais baixo o QI, maior a tendência para a infidelidade. O mesmo estudo concluiu que o liberalismo político e o ateísmo são características dos mais capacitados. Mais: o estudo sugere que tudo isso é sinal da evolução da espécie.
Esse estudo será, obviamente, recusado (em parte) pelos criacionistas radicais. Os cristãos certamente concordarão com a conclusão inteligência x fidelidade. Aceitar que o ateu é mais inteligente? Jamais!
Reportagem completa no Universo Online.
Enéias Teles Borges
Postagem original: 01/03/2010
domingo, 7 de agosto de 2011
O leproso e o ateu
Nos antigos tempos bíblicos os leprosos eram mantidos fora do arraial. Todos deles. Medo de contrair a temida doença.
Nos tempos atuais os ateus são tratados como leprosos. Todos se afastam deles, como se fossem doentes.
Nos tempos antigos era importante evitar o leproso porque havia real possibilidade de contrair a doença. O povo temia a doença, mas não odiava os leprosos.
Nos tempos atuais o criacionista se afasta do ateu por medo e por preconceito. O povo religioso teme o ateísmo e odeia os ateus.
Importante saber que ateísmo não é doença. E mais: fica muito feio para o povo que se diz de fé e paz odiar quem pensa de forma divergente.
O sonho do criacionista, em sua maioria, é o de pisar no ateu, como se este fosse um pequeno ser humano...
Enéias Teles Borges
sexta-feira, 22 de julho de 2011
O filósofo Pondé, o Ateísmo e o Teísmo
A revista Veja da semana passada (13/7) publicou entrevista interessante com o filósofo Luiz Felipe Pondé, de 52 anos. Responsável por uma coluna semanal na Folha de S. Paulo e autor de livros, Pondé costuma criticar certezas e lugares-comuns bem estabelecidos entre seus pares. Professor da Faap e da PUC, em São Paulo, o filósofo também é estudioso de teologia e considera o ateísmo filosoficamente raso, mas não é seguidor de nenhuma religião em particular. Pondé diz que “a esquerda é menos completa como ferramenta cultural para produzir uma visão de si mesma. A espiritualidade de esquerda é rasa. Aloca toda a responsabilidade do mal fora de você: o mal está na classe social, no capital, no estado, na elite. Isso infantiliza o ser humano. Ninguém sai de um jantar inteligente para se olhar no espelho e ver um demônio. Não: todos se veem como heróis que estão salvando o mundo por andar de bicicleta”. Sobre sexo, ele diz: “Eu considero a revolução sexual um dos maiores engodos da história recente. Criou uma dimensão de indústria, no sentido da quantidade, das relações sexuais – mas na maioria elas são muito ruins, porque as pessoas são complicadas.”
Recomendo a leitura de todo o texto em Criacionismo.
Nota: Como sabem eu sou agnóstico teísta. Fiz faculdade de Teologia e sou de tradição cristã conservadora. Migrei para o agnosticismo. Os argumentos contemporâneos do cristianismo colaboraram para isso. Eu precisaria fazer uma releitura do Criacionismo Cristão. Ocorre que isso é muito difícil. Nos tempos atuais existe o exercício permanente da má-fé. Como reestudar se tudo o que havia de original foi mexido por descuito, culpa ou dolo? A mudança de pensamento de Pondé me estimula a continuar tentando...
Recomendo a leitura de todo o texto em Criacionismo.
Nota: Como sabem eu sou agnóstico teísta. Fiz faculdade de Teologia e sou de tradição cristã conservadora. Migrei para o agnosticismo. Os argumentos contemporâneos do cristianismo colaboraram para isso. Eu precisaria fazer uma releitura do Criacionismo Cristão. Ocorre que isso é muito difícil. Nos tempos atuais existe o exercício permanente da má-fé. Como reestudar se tudo o que havia de original foi mexido por descuito, culpa ou dolo? A mudança de pensamento de Pondé me estimula a continuar tentando...
Enéias Teles Borges
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Homem, um delirante?
Quando o livro "Deus, um delírio" explodiu no mercado, escandalizando uns e abrindo os olhos de outros, eu me perguntei: "deus é um delírio ou o homem é um ser delirante?" Pergunto porque penso de forma bem simples: deus será um delírio (ou não) se o homem, ser pensante, levá-lo em consideração. Fica sempre aquele eterno questionamento: deus criador ou é criatura? Desta questão surge outra: deus é um delírio humano ou o homem é um ser delirante e por delirar delira sobre divindade?
Não é uma pergunta que carece de resposta bem ponderada?
O homem pensa em divindade porque isso lhe é inerente ou, por necessidade de querer viver "eternamente" inventa deus?
O que me dizem?
Enéias Teles Borges
Postagem original: 17/12/2009domingo, 3 de julho de 2011
A Bíblia cumpre qualquer propósito...
"Lida propriamente, a Bíblia é a força mais potente para o ateísmo jamais concebida”. (Isaac Asimov)
Nota: Quando a Bíblia é lida com objetivo específico, ela cumpre o propósito almejado. Serve para aumentar a fé e serve também para promover o ateísmo. Quando lida de forma sem preconceitos ela é vista como um livro antigo, que veio de diversas fontes e merece respeito. Para o que estiver disposto a distorcer os fatos ali contidos será fácil provar ou negar a existência de Deus. A Bíblia sempre trará a mensagem que a pessoa quiser. Reitero: trará qualquer mensagem que a pessoa quiser. O que é errado: o “estudioso” afirmar que as suas conclusões a respeito da Bíblia são as únicas que podem ser consideradas verdadeiras...
Fonte: Ateísmo x Teísmo.
Fonte: Ateísmo x Teísmo.
Enéias Teles Borges
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Ambos somos ateus...
“Afirmo que ambos somos ateus. Apenas acredito num deus a menos que você. Quando você entender por que rejeita todos os outros deuses possíveis, entenderá por que rejeito o seu.” Stephen Henry Roberts
Nota: Existem frases que resumem o tudo, que encantam os que pensam, desnudam a realidade para os que instam em não querer enxergá-la, fazem um chamamento para a verdade real, constrangem os omissos, revitalizam as pessoas de bem e trazem o senso de plena coerência para o mundo vil e tenebroso no qual vivemos. A frase acima é uma delas. Quem possui coragem suficiente para tentar ver tudo o que ela tem e quer mostrar?
Enéias Teles Borges
Postagem original: 01/12/2009
Enéias Teles Borges
Postagem original: 01/12/2009
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Deus ou mistério?
Ponto um: uma mente limitada poderia afirmar que deus existe ou deveria se contentar em aceitar que existe um mistério, algo inacessível ao ser humano? Por que a insistência em tentar provar que deus existe? Por que muitos asseveram que possuem a certeza de que ele existe?
Enéias Teles Borges
Postagem original:10/02/2010
Ponto dois: uma mente limitada poderia afirmar que deus não existe ou deveria se contentar em aceitar que existe um mistério no que tange às origens? Por que a insistência em provar que deus não existe? Por que muitos afirmam ter certeza absoluta de que ele não existe?
Acredito que a palavra mistério, no contexto que proponho, é a palavra ideal. A história humana tem demonstrado que os viventes racionais sempre tiveram que rever conceitos, renunciar às situações antes tidas por verdadeiras e imutáveis. Teístas e ateístas tiveram que rever, ao longo dos tempos, muitos pressupostos e conclusões acaloradas.
Não seria humildade ímpar admitir a existência de um mistério fabuloso? Mistério que mantém, em todos nós, o desejo de sempre continuar buscando? Afirmar que “sim ele existe” ou “não, ele não existe” não seria arrogância humana, neste universo “sem fim”? Sim, universo sem fim, no que diz respeito à quantidade de informações existentes, que precisam ser agregadas ao nosso pequeno saber humano...
Pois é: a palavra mistério encerra em si a idéia do desconhecido, que sempre será buscado pelo ser finito, mas que jamais será alcançado. Afinal como o finito poderia entender e alcançar o infinito?
Enéias Teles Borges
Postagem original:10/02/2010
terça-feira, 10 de maio de 2011
A divindade que nos interessa
Não basta apenas ter convicção da existência de um ser criador. O que realmente alivia a alma é saber que além de criador trata-se de um ser pessoal. Pessoal e que queira ter as suas criaturas vivas, felizes e para sempre ao seu lado.
O primeiro embate é ter certeza da sua existência. O segundo é ter a certeza do seu cuidado. Não adianta muito o aconchego nos braços alienantes da fé cega e da faca amolada. Acreditar é acreditar. Torcer é torcer. Não adianta torcer para que seja verdade o que se quer.
O caminho é longo e oferece como companhia a realidade. Não é apenas longo. É tortuoso, repleto de nuances de insegurança. É real, não é ideal.
Por isso que considero chata a guerrinha à moda brasileira em torno do criacionismo e do ateísmo.
Sem falso altruísmo: a divindade que nos interessa é uma que seja pessoal, amorosa, cuidadosa e que nos outorgue a eternidade repleta de felicidade.
Não sendo assim que diferença faz ser criacionista ou ateu? Quem sabe o ateu até sofra menos por não alimentar uma eventual ilusão...
Enéias Teles Borges
Postagem original: 05/02/2009
O primeiro embate é ter certeza da sua existência. O segundo é ter a certeza do seu cuidado. Não adianta muito o aconchego nos braços alienantes da fé cega e da faca amolada. Acreditar é acreditar. Torcer é torcer. Não adianta torcer para que seja verdade o que se quer.
O caminho é longo e oferece como companhia a realidade. Não é apenas longo. É tortuoso, repleto de nuances de insegurança. É real, não é ideal.
Por isso que considero chata a guerrinha à moda brasileira em torno do criacionismo e do ateísmo.
Sem falso altruísmo: a divindade que nos interessa é uma que seja pessoal, amorosa, cuidadosa e que nos outorgue a eternidade repleta de felicidade.
Não sendo assim que diferença faz ser criacionista ou ateu? Quem sabe o ateu até sofra menos por não alimentar uma eventual ilusão...
Enéias Teles Borges
Postagem original: 05/02/2009
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Não tenho fé suficiente para ser ateu - II
Depois de ler e reler a obra de Norman Geisler e Frank Turek, resolvi, ainda que de forma esporádica, tecer comentários apresentando minhas reflexões. A questão que precisa ser respondida é: um livro como este poderia ter sido escrito por alguém cem por cento imparcial?
Leiamos o que está contido no primeiro parágrafo do prefácio dos autores (página 13 na edição brasileira):
"Os céticos à religião acreditam que livros como este não são confiáveis no que se refere à objetividade porque são escritos por pessoas religiosas que têm suas crenças. Na verdade, é desta maneira que os céticos veem a Bíblia: ela é um livro tendencioso, escrito por pessoas tendenciosas. A avaliação dessas pessoas pode ser verdadeira para alguns livros de religião, mas não é verdadeira para todos eles. Se fosse assim, não se poderia confiar em nada que se leia sobre religião, incluindo livros escritos por ateus ou céticos, porque todo escritor tem um ponto de vista sobre religião."
Sou sincero: não gosto deste tipo de abordagem utilizada na introdução. Parece conversa de vendedor que sugere: "por que não provar o meu produto? Sei que existem produtos ruins, mas isso não quer dizer que todos sejam. Experimente o meu..."
É óbvio que ateus e criacionistas são tendenciosos. Cada um defende como pode o objeto central de sua convicção. Livros escritos por pessoas, que já fizeram sua escolha, tendem a enaltecer o que convém e desdenhar do que não é interessante.
Os autores do livro perguntam: "De quanta fé você precisa para acreditar neste livro?"
Respondo: preciso da mesma quantidade de fé que eu precisaria para acreditar em qualquer livro que tenha a pretensão de ser "o livro diferenciado". É indiferente se tenha sido produzido por ateu, cético, criacionista e afins.
Lamentavelmente o livro em tela não fugiu do lugar comum. Quem o leu, de forma crítica, certamente enxergou o quanto ele é tendencioso e em razão disso não se sentiu afetado (logo, quem o leu, de maneira crítica, não mudou de opinião). Importante: o livro de Dawkins, "Deus, um Delírio" promoveu em mim a mesma mudança que este: nenhuma! Eles são autores que se opõem, que se digladiam e que destilam suas convicções de capa à capa nos seus escritos. Devo reconhecer, porém, que Dawkins foi mais objetivo e claro em seu propósito doutrinador.
Enéias Teles Borges
Postagem original: 03/02/2010
Postagem original: 03/02/2010
domingo, 1 de maio de 2011
O ateísmo e os milagres
Quero usar como ponto de partida para esta postagem, o poema que adiante seguirá, de Mário Quintana, grande poeta brasileiro, que por muitos foi amado e por outros nem tanto.
Dos Milagres
Ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo...
Nem mudar água pura em vinho tinto...
Milagre é acreditarem nisso tudo!
No último final de semana pude me encontrar com amigos, numa festa de aniversário de duas pessoas as quais dedico imensa consideração. A aniversariante completou 80 anos e ele, genro dela, completou 50. Como sempre acontece quando encontramos a turma de sempre, das viagens a Caldas Novas e encontros na Igreja, conversamos sobre vários assuntos e entre eles discutimos a questão da fé. Mais especificamente um ponto chave: quando aqueles que possuem fé, consideram-na como se fosse algo concreto e querem que os demais, principalmente os ateus, aceitem o que creem como se verdade fosse.
Dilúvio, travessia do mar Vermelho, curas de Cristo (...), são acontecimentos aceitos por quem possui fé. Quem assim acredita que seja feliz com isso, mas daí impor aos demais a "obrigação" de acreditar é muito complicado. Chamar quem não acredita de louco é, no mínimo, desrespeito. Devemos nos lembrar que todo ato de fé humano passa, necessariamente, pela confiança depositada no ser humano. Acreditar nas "verdades" bíblicas pressupõe a aceitação de narrativas de homens, que se diziam inspirados ou nas narrativas de homens, que outros homens diziam ser decorrentes de inspiração. Para ter fé em qualquer divindade é necessário acreditar nos postulados apresentados pelo ser humano. Ou alguém que conhecemos recebeu orientação olho no olho de qualquer divindade? Ainda que isso fosse verdadeiro para ele, para os demais seria uma narrativa de um homem que disse ter visto Deus...
Não podemos, portanto, criticar os ateus por não terem essa fé. Como poderiam ter fé no sobrenatural se não acreditam nisso? O ateísmo e os supostos milagres são como água e óleo. Meio difícil (para não dizer impossível) de misturar...
Nota: Resta-me lembrar aos que deduzem, a partir da simples leitura, que sigo firme no agnosticismo teísta. Naquele mesmo, em sua essência, na forma como foi proposto pelos seus "fundadores".
Enéias Teles Borges
Postagem original: 25/05/2010
Enéias Teles Borges
Postagem original: 25/05/2010
sábado, 30 de abril de 2011
O sonho do agnóstico
O agnóstico, aquele que sabe ser impossível, pelos atuais meios investigativos humanos, provar ou negar a existência de divindades, tem um grande sonho: o de poder deixar de ser agnóstico. Para isso acontecer basta que as duas correntes existentes provem, por meios cientificamente comprováveis, que divindades existem ou não existem.
Como ele tem consciência de que hoje é impossível provar (teístas) ou negar (ateístas), ele segue agnóstico. Segue agnóstico, não por ser teimoso, mas porque optou por essa forma honesta de "ver"...
Quem sabe no amanhã, que parece nunca chegar, ele vislumbre a prova de um ou do outro? Aí sim, ele, o agnóstico de hoje, abrirá os braços para a verdade plenamente mensurável...
Enéias Teles Borges
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Acredite
As pessoas precisam acreditar em Deus justamente porque Deus não existe. Eu não preciso acreditar que a minha mãe existe: porque ela existe.”
Fonte: DeusILUSÃO.
Nota: Antes que me seja perguntado: sigo firme no "agnosticismo teísta".
Enéias Teles Borges
sábado, 16 de abril de 2011
Indiscutível: Deus existe!
Criacionistas
Para os criacionistas ele existe e é o criador, mantenedor e sustentador do Universo. Não há o que discutir. Ele existe e ponto final!
Ateus
Para os ateus ele existe sim. É uma criatura da mente humana. Como negar, se bilhões o têm na mente? Ele seria fruto das necessidades e medos humanos? Não há o que discutir. Ele existe e ponto final!
Conclusão
Deus existe e isso é indiscutível. Ou existe como criador ou existe como criatura...
Enéias Teles Borges
Para os criacionistas ele existe e é o criador, mantenedor e sustentador do Universo. Não há o que discutir. Ele existe e ponto final!
Ateus
Para os ateus ele existe sim. É uma criatura da mente humana. Como negar, se bilhões o têm na mente? Ele seria fruto das necessidades e medos humanos? Não há o que discutir. Ele existe e ponto final!
Conclusão
Deus existe e isso é indiscutível. Ou existe como criador ou existe como criatura...
Enéias Teles Borges
Postagem original: 26/08/2010
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