O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão. (Gabriel García Marquez)
Convites permanentes à reflexão. Fomento de ponderações racionais construtivas. Textos de Filosofia, Teologia e Direito. Tentativas constantes de análise do mundo sob as perspectivas filosófica e teológica.
terça-feira, 22 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Como evitar o envelhecer?
Muitas vezes eu me debruço, nos apoios da vida e fico observando. Assisto ao desdenhar constante de jovens, que pensam deter a fonte da eterna juventude, que olham para os idosos como se eles fossem de outro mundo. Como evitar o envelhecer? É possível? Sim é possível. Muitos sequer chegam à velhice, por escolha ou não.
Como evitar o envelhecer? Basta morrer antes que o avançar dos dias chegue.
Simples assim...
Enéias Teles Borges
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Seguindo uma multidão...
Seguindo uma
multidão. Isso mesmo! Não é seguindo a multidão. São várias multidões. Poderíamos
dizer que quase todas as pessoas que seguem, o fazem porque foram
doutrinadas para seguir sem questionar. Seguir uma multidão é, quase sempre,
seguir a orientação de familiares, amigos e afins. Não é um jornadear motivado
pela escolha. Não existe exercício da racionalidade. Segue-se a multidão porque
os conhecidos também seguem.
É triste
saber que se é apenas um seguindo uma multidão. Se pelo menos fosse aquela
multidão escolhida, analisada, tudo bem. Mas não é assim. Admito: ninguém é uma ilha,
todos estarão ligados a uma multidão. A questão é: ligados por escolha ou por
indução?
Daí ser
razoável dizer: nada sou. Sou apenas um na multidão. Sou apenas um na multidão
que não escolhi. Sou apenas um que segue porque fui doutrinado a seguir. Sou
apenas mais um que acredita estar seguindo na direção certa, sem ao menos ter escolhido
observar pela bússola da verdade...
Enéias Teles Borges
sábado, 5 de maio de 2012
Dica de filme: Os Vingadores
Acabamos de assitir ao filme Os Vingadores. Em 3D e legendado. Quer diversão e até mesmo rir um pouco? Eis uma dica boa. Muita ação, efeitos especiais e aquele tempero ligado à ficção científica e à tecnologia que tanto agradam. Não posso falar muito aqui, pois muita gente ainda não o viu. Melhor deixar que curtam como fizemos. Com pipoca, refrigerante e afins.
Bom filme!
Enéias Teles Borges
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Semelhanças entre infância e velhice
"Infância e a velhice são
fases de passagem de mudanças e transformações.
A criança é um vir a ser e o velho é o que foi,
mas na verdade infância e velhice se cruzam"
É impressionante que quanto mais idade nós
adquirimos mais agimos como se não tivéssemos tal idade.
Parece que quanto mais maduro achamos que estamos, não sabemos
o que é maturidade. É que a vida não é
uma questão de tempo e relógio, as vidas são
mais que o tempo.
Parafraseando Carlos Drummond de Andrade em seu poema Idade Madura:
“Dentro de mim, bem no fundo, há reservas colossais de tempo,
futuro, pós-futuro, pretérito...” E o que seria esse
tempo? É o tempo do relógio? Um tempo de sucessão
de momentos? Ou é o tempo imaginário?
Memória é importantíssima para integridade
pessoal
Estamos invadindo o tempo vivido. Nós conseguimos construir nossa
identidade quando construímos um futuro para dentro do passado.
E sem perspectiva de futuro nosso presente se torna despedaçado.
A imaginação e a experiência de vida tem um papel
importante nesse processo. A experiência importa não tanto
o que aconteceu na infância, no passado, mas como o futuro poderá
ser reconstruído a partir da experiência desse passado. Estamos
sempre reconstruindo nossas trajetórias alternativas de vida. Estamos
constantemente preenchendo lacunas do passado. É assim que constantemente
buscamos o significado da existência no aqui e agora da
vida. Para tanto a memória é importantíssima para
nossa integridade enquanto pessoa.
Semelhanças entre infância e velhice
As fases da vida do ser humano que transita da infância à
velhice, que são fases em que entra em questão a fragilidade
da condição humana, nos faz enxergar o velho e a criança
como seres entre “duas águas marginais”, entre um futuro
e um passado que fazem de seu presente um enigma em si mesmos e para a
sociedade em que vivem. Diante do enigma, todos se perguntam sobre quem
são e como é o mundo onde estão e no qual se encontram.
A infância e a velhice são fases de passagem de mudanças
e transformações. A criança é um vir a
ser e o velho é o que foi, mas na verdade infância e
velhice se cruzam. Porém, crianças e velhos são sujeitos
categorizados socialmente que colocam como exigência um olhar devagar
para observar as diferenças e particularidades. Crianças
e velhos são sujeitos de vivências individuais e coletivas
ao mesmo tempo, que fazem parte de um patrimônio cultural e social,
a um só tempo. São eles também que evidenciam a natureza
das sociedades modernas classificadas de coisas, de pessoas e de tudo
o mais. Para muitos grupos sociais a criança é aquilo que
ainda não é, e o velho, aquilo que consiste uma ameaça
em termos de futuro. Assim, ambos tornam-se vitimas de algo que está
fora deles, fora de um ideal de sociedade. A criança e o velho
são assim vistos como seres sem independência, sem desejos,
sem autonomia, sem vontades, sem capacidades para gerenciar-se.
A modernidade sucateia as vidas humanas. Então o ideal fica sendo
a eterna juventude congelada no tempo. E as pessoas esquecem que o que
importa são as experiências de vida sejam vividas em qualquer
fase, na infância, na adolescência, na juventude, na maturidade,
na vida adulta e na velhice. Diz o poeta Fernando Pessoa “Minha
vida tem só duas datas – a da minha nascença e a da
minha morte. Entre uma e outra cousa todos os dias são meus”.
É preciso ver o envelhecimento numa perspectiva de desenvolvimento.
Estamos sempre nos desenvolvendo”.
Uma reconstrução imaginativa é criada por nossas
atitudes diante das nossas experiências. Por que exploramos potencialidades
do passado. O que importa é como nós refletimos sobre as
experiências vividas. É assim que amadurecemos nossas habilidades.
Os valores são reconstruídos no presente. Fazemos constantemente
contrastes de experiências de eventos. Isso tem implicação
de como nós pensamos o tempo. O tempo de vida não é
uma duração com ritmos pautados para viver. É a experiência
do tempo que passa. Nós somos o tempo. Infância e velhice
se desdobram, se transformam, se reelaboram, possuem força e fragilidade
ao mesmo tempo. Nossa experiência pessoal, nossa história
de vida é um valioso memorial.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Ingênuos, sortudos ou arrogantes?
Já ouviram a frase, proferida por difusores de cultura religiosa, que diz respeito ao lugar no qual se encontra a verdade? Algo mais ou menos assim: "venha para cá, a verdade está aqui." Ou "somos os remanescentes de Deus na terra. Aqui é o seu lugar, com os que possuem a verdade..."
Quando ouço frases assim, que partem de todas as agremiações de fé, eu me pergunto: as pessoas que pensam e divulgam essa maneira de acreditar são ingênuas ou sortudas? São ingênuas ao ponto de se firmarem na "certeza" de que possuem a verdade e que bilhões estão no erro? Ou são sortudas ao ponto de terem nascido na hora certa, no lugar certo, na igreja certa?
Não seria tudo isso uma arrogância velada, de tal forma inserida no ser, que tira da pessoa toda a capacidade crítica e a lança na vala comum dos que acreditam sem qualquer fundamento?
Confesso que não sei se são arrogantes, sortudos ou ingênuos...
Enéias Teles Borges
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