Em uma barca flutuando sobre o ponto mais profundo dos continentes da Terra, uma equipe de pesquisadores espera perfurar até meio milhão de anos no passado, para descobrir sinais de mudança climática e desastres naturais.
Perfurando o leito do Mar Morto, o grupo de engenheiros e cientistas começou a extrair camadas das profundezas da Terra no domingo, e continuará por cerca de dois meses até atingir uma profundidade de 1.200 metros abaixo do nível do mar.
"Os sedimentos do Mar Morto são os melhores registros de clima e terremotos de todo o Oriente Médio", disse o chefe do projeto, Zvi Ben-Avraham, da Academia de Ciências de Israel. O litoral do mar Morto já se encontra 4290 metros abaixo do nível do mar.
O Mar Morto, disse Ben-Avraham, recolhe água que escorre do deserto do Sinai e de Golã, uma área de cerca de 42.000 km2.
Ele também fica numa falha entre duas placas continentais que se deslocam em diferentes velocidades, causando muita atividade tectônica.
O leito do mar acumula duas camadas de sedimentos a cada ano. A equipe vai analisar 500.000 anos de história geológica.
Ben-Avraham espera obter informações sobre chuvas, secas e enchentes de tempos antigos, que poderão ser usadas para estudar os prováveis efeitos do aquecimento global.
(Estadão)
Nota: A história bíblica agradece. Sabe-se que o Mar Morto tem ligação com relatos bíblicos e seria interessante o surgimento de fatos novos que possam trazer luz sobre a interpretação dos escritos sagrados. Aguardemos...
Enéias Teles Borges
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