A criança em geral é muito amada e querida pelos pais. Quem não se sente agraciado, diante de um sorriso infantil? Mesmo amada, a criança, com o crescer do tempo, vai mostrando o que é natural no ser humano. Mostra virtudes e defeitos. Apresenta bons e maus comportamentos. Os pais, claro, precisam cuidar da educação dos filhos. Aí surge um grande problema: confusão imensa na consideração do que viriam a ser educação, religião, civilidade...
Num contexto de fé a criança, desde cedo, aprende o que todas as agremiações sugerem ser, com base nas palavras do sábio Salomão, "o caminho que deve andar..." Obviamente cada segmento de fé considera o seu caminho como sendo "o caminho". os damais, naturalmente, seriam engodos.
Diante deste quadro as crianças são induzidas a certos comportamentos, que no futuro serão considerados como "obras do Espírito Santo" e que na realidade não passarão de "reflexos condicionados".
1. Quando a criança faz coisa boa, ouve: "Jesus ficou feliz";
2. Quando faz coisa errada, ouve: "assim você deixa Jesus triste.
Quem é Jesus? A criança desde cedo aprende que Jesus, o Cristo, foi uma criança perfeita, obediente e temente a Deus.
Neste vai e vem do "Jesus ficou triste" e "Jesus ficou alegre", a criança vai sendo condicionada e aprende outros passos.
Destaco dois:
1. Se você for uma pessoa boa, que permita Jesus em seu coração, herdará o céu;
2. Se você não seguir os caminhos de Jesus, que lhe ama tanto, você haverá de morrer eternamente...
E assim a criança desde cedo vai aprendendo e confundindo temor com tremor. Eis que mais uma pessoa cresce, torna-se adolescente, adulta... Convive com o medo da morte eterna e a esperança da vida eterna, pelos méritos de Jesus.
É certo que o medo da punição de Deus sobrepuja o desejo que o homem tem de viver eternamente. O medo da ira de Deus é mais um dos medos, da famigerada soma de todos os medos.
Enéias Teles Borges
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