Hoje fui ao fórum João Mendes. De metrô, saindo da estação Santana até a estação Sé. Durante o percurso eu observei uma senhora que estava ao meu lado. Os olhos estavam vermelhos e pude notar que havia marcas de lágrimas nas faces. Olhei e ela desviou o olhar. Sofria sozinha, dentro de um vagão do metrô praticamente lotado. Em São Paulo vemos muito disso: solidão na multidão.
Até pouco tempo seria relativamente fácil oferecer algum apoio. Hoje as pessoas estão perdendo a esperança. Antes os centros de fé difundiam um pouco de esperança. Hoje os mercadores da fé prometem prosperidade que nunca vem...
Pouco sobrou para as pessoas que antes buscavam alento nas igrejas. O que restou foi a solidão, ainda quem em meio à multidão...
Enéias Teles Borges - Autor
-
Um comentário:
esta solidão na multidão é uma marca dos tempos pós-modernos: tanta comunicação, tanta fragmentação!
Antigamente as o isolamento era físico e difícil de ser rompido. talvez por isso o rompiamos.
hj ele é psicológico e opcional, fácil de ser rompido, talvez por isso não o rompemos. (aliás esou sosinho em um quarto em frente ao computador, tão perto e tão longe dos meus pais no quarto ao lado)
precisaremos de um grande irmão para nos tolher em nossa liberdade para lutarmos por ela ou somos ratinhos felizes em nossas gaiolas brigando por migalhas?
Ainda tenho esperança na humanidade.
Postar um comentário