Depois de ler e reler a obra de Norman Geisler e Frank Turek, resolvi, ainda que de forma esporádica, tecer comentários apresentando minhas reflexões. A questão que precisa ser respondida é: um livro como este poderia ter sido escrito por alguém cem por cento imparcial?
Leiamos o que está contido no primeiro parágrafo do prefácio dos autores (página 13 na edição brasileira):
"Os céticos à religião acreditam que livros como este não são confiáveis no que se refere à objetividade porque são escritos por pessoas religiosas que têm suas crenças. Na verdade, é desta maneira que os céticos veem a Bíblia: ela é um livro tendencioso, escrito por pessoas tendenciosas. A avaliação dessas pessoas pode ser verdadeira para alguns livros de religião, mas não é verdadeira para todos eles. Se fosse assim, não se poderia confiar em nada que se leia sobre religião, incluindo livros escritos por ateus ou céticos, porque todo escritor tem um ponto de vista sobre religião."
Sou sincero: não gosto deste tipo de abordagem utilizada na introdução. Parece conversa de vendedor que sugere: "por que não provar o meu produto? Sei que existem produtos ruins, mas isso não quer dizer que todos sejam. Experimente o meu..."
É óbvio que ateus e criacionistas são tendenciosos. Cada um defende como pode o objeto central de sua convicção. Livros escritos por pessoas, que já fizeram sua escolha, tendem a enaltecer o que convém e desdenhar do que não é interessante.
Os autores do livro perguntam: "De quanta fé você precisa para acreditar neste livro?"
Respondo: preciso da mesma quantidade de fé que eu precisaria para acreditar em qualquer livro que tenha a pretensão de ser "o livro diferenciado". É indiferente se tenha sido produzido por ateu, cético, criacionista e afins.
Lamentavelmente o livro em tela não fugiu do lugar comum. Quem o leu, de forma crítica, certamente enxergou o quanto ele é tendencioso e em razão disso não se sentiu afetado (logo, quem o leu, de maneira crítica, não mudou de opinião). Importante: o livro de Dawkins, "Deus, um Delírio" promoveu em mim a mesma mudança que este: nenhuma! Eles são autores que se opõem, que se digladiam e que destilam suas convicções de capa à capa nos seus escritos. Devo reconhecer, porém, que Dawkins foi mais objetivo e claro em seu propósito doutrinador.
Enéias Teles Borges
Postagem original: 03/02/2010
Postagem original: 03/02/2010
11 comentários:
Amigos religiosos pediram que eu (ateu) lesse este livro, mas não consegui passar da introdução. O autor do prefacio pede que os céticos estejam abertos para ler e aceitar o que está escritono livro, mas o livro em si não dá margem para que exista alguma dúvida, ele é dogmático. Na introdução, Frank, um dos autores, relata um episódio onde seu professor na universidade, quando perguntado se Deus existia, responde "não sei" e Frank fica indignado. Ele exige que o professor se posicione. Crentes não conseguem lidar com a dúvida. Negar a possibilidade da dúvida, que é a única maneira de desenvolver o senso crítico necessário na busca da verdade, encerra qualquer discussão.
Esse autor, nesse livro, assim como Dawkins no seu "Deus: Um Delírio" cai no erro clássico de só saber usar o martelo e, por isso, quer fazer de tudo um prego.
Ele tem um conceito próprio de fé (pra lá de distorcido) e não consegue pensar fora dele, nem imaginar como alguém pode pensar fora dele. Ou seja, transforma uma limitação particularmente sua ("eu não consigo") em um enunciado universal ("ninguém consegue").
Amigos, se vocês não querem encontrar o mais puro amor, a mais pura alegria a razão de tudo que existe, não há livro que mude a opinião de vocês, não percam tempo lendo nada, só continuem a viver, felizes.
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Por fim deixo algumas palavras de Jesus:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
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Abraços.
As afirmações do Zeca e do Carlos são falsas em si mesmas, portanto devem ser desconsideradas.
Peço perdão por palpitar dentre essas opiniões - já que vou parecer tendencioso - mas, Gabriel quis dizer que: Quando se lê algo em busca de respostas, começar achando alguem tendencioso é ser tendencioso e que no final só acreditamos no que estamos dispostos a acreditar - é como se fosse um bloqueio do contemplativo!
Abraços...
O fato é que a chave para Deus entrar em sua vida esta do lado de dentro. Deus está batendo na porta, porém SOMENTE você poderá abrí-la. Destranque a porta e veja o que Deus tem para oferecer para sua vida, com certeza é muito mais que uma história.
E, por outro lado, se tudo isso que a Bíblia diz for mentira (o que eu não acredito), no mínimo você vai ser uma pessoa melhor que vai procurar fazer o bem, viver uma vida em abundância. Obs.: não quer dizer que todo cristão é perfeito, longe disso. Assim como nem toda igreja faz sempre a coisa certa. Existem "maçãs podres" em todos os lugares, não é por causa disso que deixaremos de crer na verdade.
Reflita. Ainda dá tempo.
O que você tem a perder para se render a Deus? Nada. Faça o teste. Não se baseie em experiências frustradas. Não fique "brabinho" com Deus por não ter te atendido em certos momentos,... é possível que você não estava pronto. Faça a coisa certa. Aproveite.
Meus queridos, sugiro que voces realmente leiam o livro deixando religião, crenças ou a falta delas, se é que isso existe, de lado. O Livro traz brilhantes colocações e argumentos extremamentes convincentes. É a oportunidade de ser retirada as suas máscaras, não deixem passar...Optem por ver, nao sejam cegos o resto da vida!
Não acredito que alguém seja totalmente imparcial.
Temos que ver que o livro é uma tese dos autores e o que importa é que eles usam de argumentos para defenderem essa tese. Se eles tiveram ou não êxito ao tentarem convencer então...
Não há livros totalmente imparciais, sugiro que cada um leia porque tem temas bastante interessantes e bem fundamentados, não todos, mas alguns
#1 - #Zeca
O autor do livro ficou indignado com o professor pq o mesmo era professor de religião e, mesmo assim, não tinha certeza se Deus esxistia!!!!
Não tem nd a ver com crente não conseguir lidar com a dúvida!
Queridos céticos e ateus o autor defende uma existência de Deus através da contemplação do quanto tantas perfeições existentes no universo e no ser vivo,sugeridas como vindo "do nada" , são imcompreensíveis sem um ser "Inteligente" por detrás disso tudo. De fato você não precisa à princípio debater sobre a biblia diante dessas constestações, mas após ter aberto sua mente continue permitindo que vocês não sejam guiados pela "ignorância", digo desta forma porquê tive que abrir a minha mente para enterder sobre a fé que voces professam também " O Ateismo".
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