Um casal que estava em liberdade condicional pelo homicídio culposo
de uma criança em 2009, por tentarem curar um bebê usando apenas orações
e de não levá-lo ao médico, estão sendo acusados novamente pelo mesmo
crime depois que outra criança morreu.
Herbert e Catherine Schaible pertencem à uma igreja fundamentalista
chamada “Igreja Cristã – Discípulos de Cristo”, que acredita na cura
pela fé. Eles cresceram na “Igreja Gospel do Primeiro Século” que também
era fundamentalista e dizia que procurar médicos era pecado.
Quatro anos atrás, o casal deixou morrer Kent Schaible, de 2 anos,
que sofria de tosse, congestão, irritação e perda de apetite. Eles
alegavam que a criança comia e bebia até o último dia e que achavam que
ele estava melhorando. Eles foram condenados a 10 anos por homicídio
culposo, mas estavam em liberdade condicional sob a condição de nunca
mais tentar a cura pela fé sem procurar médicos.
Semana passada, morreu outro filho do casal, um bebê de 8 meses
chamado Brandon Schaible, depois que ele começou a sofrer de diarreia e
problemas respiratórios por uma semana e ter parado de comer.
A promotoria disse na que iria se basear na autópsia para fazer as acusações.
, o juiz Benjamin Lerner disse ao casal que
eles violaram o termo da liberdade condicional, visto que eles disseram
aos investigadores que eles rezaram para Deus para curar Brandon ao
invés de procurar ajuda médica. “Vocês fizeram isso uma vez e as
consequências foram trágicas”.
A promotoria havia pedido a prisão do casal novamente, mas o juiz
manteve a liberdade condicional porque os sete filhos que eles têm foram
levados pelo conselho tutelar. Ele acredita que o casal não representa
perigo à sociedade, mas só a seus próprios filhos.
A advogada de defesa, Mythri Jayaraman disse que “Se a religião deles
teve algo a ver com a morte do bebê deles, nós não sabemos”. Eu tenho
um bom palpite.
Esse é um bom caso para mostrar que Deus não existe. Infelizmente,
envolve a morte de crianças. O casal tinha a plena convicção de que
conseguiriam curar doenças pela fé, ao ponto de não terem procurado
médicos em nenhum momento. A fé deles é inquestionável. Nota-se que eles
não queriam que nenhuma das duas crianças morressem.
Mas é aí que está o problema: Deus não existe. Cuidados médicos se
baseiam em ciência e na presunção de que Deus não existe, de que algo
precisa ser feito de verdade para recuperar a saúde dos pacientes.
Funciona independentemente da pessoa acreditar ou não no processo, e é
aplicado indiscriminadamente em pessoas que merecem ou não. E pelo visto
funciona melhor que esperar que Deus faça alguma coisa.
Se isso não é indício de que não existe uma divindade ou inteligência
superior cuidando dos afazeres domésticos dos humanos, eu não sei mais o
que seria.
Fonte: Ateus do Brasil.
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