terça-feira, 25 de setembro de 2012

Finitude humana, finitude bem perto...

Desde que meu pai sofreu o AVC eu tenho notado uma queda gradativa nas suas forças, na sua mente, no seu corpo... em tudo. Sabemos que a vida é curta, finita ao extremo. Ver de perto nos dá uma dimensão maior de tudo que se mostra menor. Quando uma pessoa idosa passa por uma situação assim, a luta não é pela melhoria, não é pela volta ao estágio anterior. Precisamos ser sinceros: luta-se tão somente pela sobrevivência. É a luta humana contra o inevitável. Admitir isso não entrega. Ocorre, sim, a necessidade de encarar a realidade tal qual ela se apresenta. É momento de fincar os pés no chão, à espera do baque. Tudo questão de tempo. De pouco tempo. Quando enxergamos alguma melhora é apenas o reflexo de nosso desejo otimista. Pouco mais do que isso... Nossos pais passam pelo que passaremos, caso tenhamos uma rotina razoável. Para não padecer na velhice só existe uma alternativa: falecer antes que ela, imperdoável velhice, chegue bem perto...

Vida que segue, mas não para todos...

Enéias Teles Borges

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