Em "A Bíblia não Tinha Razão", dois arqueólogos debatem sobre a verdade
histórica da Bíblia, recolocando o debate na perspectiva correta,
construindo
o que os outros cientistas já definiram como a mais profunda e elaborada
síntese entre as Sagradas Escrituras e a arqueologia realizada no
último
meio século.
Nota: É a minha leitura atual. Entendo que livros assim devam ser obrigatórios em todos os cursos de Teologia.
Enéias Teles Borges
E a Bíblia tinha, mesmo, razão?
Aparentemente, a gente vai viver eternamente um verdadeiro conflito
entre o pensamento racional e o pensamento religioso. Tudo teve início
lá na Grécia Antiga, quando os primeiros filósofos propuseram uma nova
maneira de interpretar o mundo, em choque com os sacerdotes e as
pitonisas. E não tem sido diferente nos últimos séculos, quando,
principalmente, a ciência refinou-se e encontrou novos métodos de
pesquisa.
O post de hoje traz duas interessantes dicas de leituras. A primeira é o livro “E a Bíblia tinha razão”, de Werner Keller. O autor se propõe a pesquisar fatos supostamente históricos e provar acontecimentos narrados na Bíblia cristã. Religiosos dizem ser uma verdadeira reportagem histórica e com fundamento. Quem ler poderá fazer o julgamento.
O post de hoje traz duas interessantes dicas de leituras. A primeira é o livro “E a Bíblia tinha razão”, de Werner Keller. O autor se propõe a pesquisar fatos supostamente históricos e provar acontecimentos narrados na Bíblia cristã. Religiosos dizem ser uma verdadeira reportagem histórica e com fundamento. Quem ler poderá fazer o julgamento.
O livro acabou se tornando um verdadeiro fenômeno, principalmente nas correntes de pesquisas teológicas do protestantismo, uma vez que o autor estaria comprovando fatos que eram tidos até então como mito por alguns cientistas. Até hoje é um sucesso de vendas em todo o mundo.
O livro citado foi um verdadeiro abalo científico: uma glória para religiosos e teólogos, uma destruição para historiadores e arqueólogos. Werner Keller foi massacrado por ter, supostamente, forjado provas e ter misturado fatos históricos com muita anacronia (associando fatos que ocorram em tempos e em espaços bem diferentes e distantes). A partir disso, dois arqueólogos lançaram a refutação.
Numa obra iconoclástica e muito provocadora, os arqueólogos Israel Finkelstein e Neil Silberman refizeram os passos de Keller mostrando que muitos acontecimentos supostamente bíblicos não teriam acontecido. Dois fatos relatados e pesquisados pelos arqueólogos: o grande êxodo jamais teria acontecido e não houve escravidão judaica no Egito – esta porque não há nenhum relato egípcio da presença de escravos hebreus em seu território.
É reconhecido que os egípcios tiveram uma historiografia bastante meticulosa e metódica. Tiveram a preocupação de relatar em seus anais até mesmo suas derrotas para inimigos, as rixas entre sacerdotes, as invasões devastadoras e as maiores humilhações. Entretanto, em nenhuma anotação deste povo há as referências que a Bíblia aponta.
O livro “A Bíblia não tinha razão” é uma compilação dos conhecimentos arqueológicos mais recentes, com traduções de textos egípcios, hebraicos, sumérios e mesopotâmicos. Vale a pena conhecer um livro e depois o outro a fim de tirar suas próprias conclusões. Neste volume, os autores acusam o anterior de não ter tido o cientificismo de separar fato e farsa, ilusão e lenda, e tentar forjar provas.
Ambos são livros bastante desafiadores e polêmicos para os dois lados desta moeda. Vale ressaltar que essas duas formas de ver o mundo coexistem há séculos, e são somente formas de ver o mundo como há outras: a religião, a razão, o senso comum etc
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