sábado, 28 de abril de 2012

A crença velha e a crença nova...


Um homem, que passou quase toda a vida na selva, aprendeu a adorar o Sol, como o criador de tudo. Um dia um missionário o encontrou e pensou em evangelizá-lo. Compensaria? Talvez não. O homem estava com quase 100 anos e dali a pouco haveria de morrer. Era um homem feliz. Tinha convicção de que o Sol, seu criador e criador de tudo, haveria de transportá-lo para um mundo no qual a morte não mais existiria. Viveria eternamente adorando o Sol, seu deus.

O missionário entendeu que de nada adiantaria tirar aquele homem de fé, do seu mundo de crença solar. Mesmo porque o homem viveu feliz e morreria feliz, tendo plena convicção de que acreditava no que era verdadeiro. Trocaria a sua fé pela outra, com quase 100 anos de idade? Possivelmente não. Eis que o missionário chegou à conclusão que o melhor seria deixar tudo como estava. Que esperança tão eficaz teria, para oferecer para aquele homem, quase centenário?

A lição do missionário segue ecoando. Que os idosos, que passaram a vida acreditando de uma forma, que são felizes assim, continuem crendo dessa maneira. Que esperança tão eficaz existe que permita extirpar a fé antiga, introduzindo uma nova? Até porque a fé nova, na qual muitos acreditam, é desacreditada por outros, que também possuem uma fé nova...

Enéias Teles Borges

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