“Se o autor tivesse apresentado esta história como ficção, seria
acusado de ter ido longe demais. No entanto, os fatos, meticulosamente
pesquisados, falam por si próprios. As pilhagens nazistas não eram
apenas um desejo de riqueza. Hitler buscou criar nada menos que um Reich
Sagrado.”– Digby Diehl, ex-editor da Los Angeles Times Book Review
Na Alemanha devastada pela Segunda Guerra Mundial, um grande mistério
envolve as obras de arte e as antiguidades roubadas pelos nazistas.
Este livro conta a história real do tenente e historiador da arte Walter
Horn, que sai à procura de tesouros valiosos para o povo alemão que
haviam desaparecido. Nessa jornada, Horn desvenda as origens místicas do
nazismo e um plano para a criação do Quarto Reich.
Pouco antes da invasão da Alemanha pelas forças aliadas, um bunker
secreto foi cavado sob o Castelo de Nuremberg. Dentro dele, uma câmara
especial continha os tesouros saqueados que Hitler mais valorizava: as
Joias da Coroa do Sacro Império Romano e a Lança Sagrada, que teria
dilacerado o flanco de Cristo na cruz.
Mas quando o Exército americano se preparava para invadir Nuremberg,
cinco das preciosas relíquias desapareceram. Quem as teria levado da
câmara subterrânea? Por quê? Após o fim da guerra, o mistério ficou sem
solução até que o general Eisenhower, comandante dos Aliados, ordenou
que o tenente Horn, professor licenciado da Universidade de Berkeley,
procurasse os tesouros desaparecidos.
Para realizar sua missão, Horn mergulhou nas antigas lendas e no
misticismo que cercavam as antiguidades saqueadas por Hitler em sua
busca do domínio mundial. O que ele descobriu em sua odisseia é tão
explosivo que seu relatório final permaneceu secreto por décadas.
Baseando-se em informes do serviço de inteligência, bem como em
cartas e entrevistas, Sidney Kirkpatrick revela como Hitler, em sua
mania de grandeza e obcecado por ocultismo, quase conseguiu criar um
Reich Sagrado fundamentado numa reinvenção distorcida da história
medieval e da Igreja.
****
Muitos já sabem que Hitler era um homem obcecado pela ideia grandiosa
de dominar o mundo, mas poucos conhecem as motivações místicas que
levaram o estudante de artes fracassado a criar teorias racistas e de
exaltação do nacionalismo germânico.
Em seu desejo de subjugar a Europa durante a Segunda Guerra Mundial,
ele ordenou que inúmeras obras de arte fossem tomadas de seus
proprietários legítimos. Além de aumentar o patrimônio do Partido
Nazista, também pretendia reunir o máximo de itens valiosos para sua
opulenta coleção.
As Joias da Coroa do Sacro Império Romano foram os primeiros
artefatos a serem pilhados, logo após a anexação da Áustria, em 1938.
Esse tesouro era composto pela coroa, pelo cetro, o orbe e as espadas
usados pelos imperadores em suas cerimônias de coroação – objetos
venerados pelos povos germânicos e que Hitler desejava possuir a fim de
legitimar seu regime bárbaro.
Essas relíquias, junto com a Lança de Longino – que muitos acreditam
ter dilacerado Cristo na cruz –, foram removidas para Nuremberg. No
entanto, em 1945, diante do colapso do poderio alemão e prevendo a
invasão iminente dos Aliados, Heinrich Himmler, o poderoso comandante da
SS, ordenou que fossem escondidas em um bunker secreto sob o Castelo de
Nuremberg.
Após a invasão e o fim da guerra, porém, os soldados americanos que
chegaram ao local não encontraram os artefatos. Os generais Dwight D.
Eisenhower e George Patton compreenderam que as relíquias poderiam ser
usadas como propaganda nazista para a criação do Quarto Reich.
Então convocaram o tenente Walter Horn, doutor em história da arte,
para procurar os objetos e restituí-los a seus verdadeiros
proprietários. Horn interrogou operários do bunker, ex-vereadores de
Nuremberg e militares do exército aliado. Procurou pistas nos vestígios
carboniza- dos da fortaleza particular de Himmler e pesquisou a Ordem
dos Cavaleiros Teutônicos neonazistas, que supostamente guardava uma
vasta fortuna em ouro e outros tesouros.
Mais do que investigar o desaparecimento das cinco relíquias
sagradas, Horn desvendava uma trama nazista para impedir que os símbolos
da monarquia mundial caíssem nas mãos dos Aliados.
Com base nos informes do serviço de inteligência, em correspondências
pessoais de Walter Horn e em uma série de entrevistas, Sidney
Kirkpatrick narra, com riqueza de detalhes, os roubos, as manipulações,
as trapaças e os truques de espionagem que cercaram esta história de
detetives, real e quase desconhecida.
(Editora Sextante)
Nenhum comentário:
Postar um comentário