Imagine uma luta de gigantes. Um é boxeador e o outro um judoca. Seria um choque de gigantes, mas que se servem de forças desproporcionais. Judoca deve medir forças com judoca e boxeador com boxeador. Você já imaginou um professor de matemática discutindo, no campo das ideias, com um professor de português? São dois monstros do saber, mas que são fortes em suas respectivas áreas de atuação. As forças são inegáveis e são, também, desproporcionais.
Imagine, agora, um choque de gigantes. Um é religioso, uma titã da fé. O outro um cientista, titã do saber mensurável. São fortes, mas detêm forças desproporcionais. Um cientista, debatendo com um cientista, cada um dentro da sua área de saber, é algo possível. De igual maneira é possível o embate entre religiosos. Cientista com cientista, homem de fé com homem de fé.
São forças desproporcionais, que possuem magnitude imensa de poder, cada um dentro do seu meio. Colocar na mesma mesa de discussão um cientista e um religioso seria o mesmo que por no ringue um boxeador para lutar com um judoca. Haveria, sem dúvida, um embate. A mensuração de qualidade, contudo, seria impossível de efetivar.
Tal uso de força desproporcional é indesejável, mas existem aqueles que ainda tentam promover tal tipo de confronto. Daí certamente sairá aquilo que não se aproveita...
Enéias Teles Borges
3 comentários:
Concordo com você. Porém não devemos confundir religiosos com cientistas criacionistas, os quais têm tido seu trabalho, muito sério por sinal, desacreditado por elitismo do meio. Talvez rotular criacionismo com religiosidade seja uma maneira mais simples e fácil de escapar dos questionamentos criacionistas, cada vez mais inquietantes sob a ótica de novas descobertas.
Bruno,
O criacionista que se diz cientista impõe limites a si mesmo. Conheço um, por exemplo, que se diz sério, mas que a afirma que Terra tem cerca de 6 mil anos. Isto é: ou coaduna com a interpretação Bíblica dele ou não serve como ciência.
Como não dizer, na maioria dos casos, que mesmo os criacionistas sérios, comparados com os cientistas que aceitam tudo o que seja mensurável, sem limitação forçada, existe o uso de força desproporcional?
A maioria contesta os cálculos de datas, idade do universo e afins. Não estou dizendo que um está certo e que o outro está errado. Digo apenas que as forças que usam são desproporcionais.
Enéias.
Enéias, se dizer um cientista sério e ser sério tem uma grande diferença.
Com relação a se impor limites, me desculpe, mas acredito que seja ingenuidade pensar que não haja limites no meio científico, impostos pelos mais diversos segmentos da sociedade.
Quando a ciência faz uma descoberta que implica, ou no mínimo sugere a existência de uma criação planejada, e apartir disso, cria uma teoria mirabolante pelo simples fato de não querer sequer considerar a primeira hipótese, não vejo isso de outra forma do que uma grande limitação auto imposta (ou imposta pelo meio), seguido de uma contradição sobre o conceito fundamental da verdadeira ciência, aberta às evidências e considerando todas as hipóteses. Não vejo isenção quando a maioria das pesquisas científicas são patrocinadas por conglomerados diretamente interessados em determinado resultado que corrobore seu tipo de negócio.
Com relação a contestação de datas, isso não é concenso sequer entre os que a utilizam, bastando ver a discrepância de resultados quando um mesmo objeto é analisado por diversos institutos.
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