Podemos afirmar, com propriedade, que a maior certeza da vida é a morte. Morte que a todos abraçará. Abraçou bilhões e seguirá abraçando. É certeza inivitável. Podemos nos desesperar, podemos nos revoltar e podemos, até, não aceitar. Nosso querer, nesse caso, pouco importa. Aceitar é preciso. Assim poderemos viver melhor os poucos dias de vida que recebemos e que rapidamente findarão.
Outro dia ouvi um debate entre uma pessoa que afirmou o que eu asseverei acima e um "religioso" que rebateu dizendo que isso não é verdade. Segundo aquele "homem de fé" a morte não é uma certeza inevitável. Afinal, disse, Jesus poderia vir e resgatar muitos em vida...
Milhões morreram com essa esperança e milhões morrerão com ela. As pessoas que confundem esperança com verdade sofrem mais. Almejam a eternidade, mas não aceitam uma "morte passageira".
Deixando de lado os motivos da fé e da esperança e nos atendo ao mundo racional: é certeza inevitável. Tão certo como um dia nascemos, certamente morreremos. Não podemos substituir fato comprovado ao longo de séculos por esperança baseada em posicionamentos de agremiações religiosas...
Por isso é importante a aceitação. Quando o que está diante de nós é irremediável, podemos afirmar: "remediado está". A partir daí devemos viver e acreditar que qualquer coisa boa além disso é lucro. Afinal nós tivemos chance de ouro, nós nascemos e aqui estamos, até que chegue o final do nosso tempo...
Enéias Teles Borges
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