Depois de ler e reler o livro Deus, Um Delírio, resolvi avançar mais na leitura dos livros deste polêmico escritor ateu. No domingo passado (25/04/10) eu estive na feira que se realiza aos domingos, sob o vão do Museu de Artes de São Paulo (MASP). Tive a "sorte" de poder comprar mais cinco livros dele (de um livreiro/sebo) e pretendo fazer uma leitura sistematizada de todos. São eles: O Relojoeiro Cego, A Escalada do Monte Improvável, O Capelão do Diabo, O Gene Egoista e A Grande História da Evolução.
Por que me dedico à leitura dos livros de Dawkins? É bem subjetivo o que vou dizer, mas eu o considero mais honesto (ou menos desonesto) em suas proposições. Estou um pouco cansado das verdades incompletas apresentadas por Criacionistas (na maioria das vezes de forma obtusa). Que não digam que sou ateu, seria inverdade. Sigo dizendo o óbvio: o que tem afastado os criacionistas não é a proposta apresentada pelos ateus e sim pela bizarrice postulada por muitos que se dizem criacionistas.
Sigo firme em afirmar que minha postura é a de um agnóstico. Agnóstico no contexto tradicional, como já comentei por aqui.
Postarei minhas impressões na medida em que for lendo os livros.
Nota: Agora está ficando mais fácil. Depois da reforma em casa eu tenho um espaço melhor. Meus livros que estavam espalhados aqui e no escritório estão todos na minha sala de leitura. Um micro em rede e uma infinidade de sucatas de relógios antigos (minha diversão). Agora poderei fotografar relógios e elaborar postagens com calma. Longe do trabalho e sem perturbar o sono de minha esposa e filhas. Cada membro da família, agora, tem um espaço "particular" para leitura, estudo e meditação. No meu caso (costumo dormir tarde - hábito desde os tempos da faculdade de teologia) ficou ótimo!
Enéias Teles Borges
Nota: Agora está ficando mais fácil. Depois da reforma em casa eu tenho um espaço melhor. Meus livros que estavam espalhados aqui e no escritório estão todos na minha sala de leitura. Um micro em rede e uma infinidade de sucatas de relógios antigos (minha diversão). Agora poderei fotografar relógios e elaborar postagens com calma. Longe do trabalho e sem perturbar o sono de minha esposa e filhas. Cada membro da família, agora, tem um espaço "particular" para leitura, estudo e meditação. No meu caso (costumo dormir tarde - hábito desde os tempos da faculdade de teologia) ficou ótimo!
Enéias Teles Borges
4 comentários:
Ler, meu caro Enéas é mergulhar nas idéias do que escreve.O fato mais provável que vai ocorrer depois dessas leituras todas é que vc saia do agnosticismo e vire ateu.Refletindo sobre a obra de Nietszche, que morreu num sanatório e não conseguiu realizar-se na vida amorosa com a sua amada Louise,fiquei comovida com as incertezas que nos assolam, nós seres humanos, que vivemos tateando a verdadeira realidade, se é que ela existe.
Peço que para continuar a cuidar da sua família, passe um filtro em tudo o que vc lê, pois certas leituras nos alienam a tal ponto que nos prostramos desesperados com nossas limitações...
Patrícia,
Concordo com você. Passei tanto tempo lendo apenas livros criacionistas que acabei ficando aliendado. Estou buscando o equilíbrio e essa busca me coloca no lugar em que estou: agnosticismo. Existe "lixo" ateu e existe "lixo" criacionista. Precisamos filtrar. Grato pela visita.
Essa é a boa briga!
E você nem precisa preocupar-se em "acabar a carreira e guardar a fé"...!
Eu também acho que, para aqueles que buscam um rosto humano para a Causa Primeira, tatear é preciso.
Talvez você, como tantos outros, não precise de um deus para tatear. E precise apenas de Um ao qual perceber.
A briga de que falei seria a da percepção sem sentimentalismos ou beatices. E sem necessariamente ter que ficar "confortável" com o resultado, para não cair na estagnação.
Dawkins? Grande cientista. Péssimo filósofo.
Dos livros citados, só não li "A grande história da evolução". Com o devido filtro desapaixonado, seus livros são ótima leitura.
E se mesmo com um filtro desapaixonado você acabar virando ateu, Enéias, pode fazê-lo tranquilo, pois é um sinal de que a argumentação é coesa e convincente.
Afinal, se para se manter criacionista alguém precisa "manter distância" de qualquer forma de expressão que não coadune com suas idéias, esse alguém já não é mais criacionista. Que santidade seria essa que some ao menor sinal da tentação?
Abraços.
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