Batismo de fogo!
Enéias Teles Borges
Hoje, por volta das 10 horas, deixei minha filha perto da faculdade (Mackenzie), na rua da Consolação. Segui rumo ao trabalho e logo em seguida recebi uma ligação dela. Disse que acabava de ser assaltada. Foi um ataque típico de pessoas viciadas em drogas. O prejuízo material foi pequeno: vinte reais. Dinheiro suficiente para atender à "necessidade" da assaltante e também suficiente para impedir que levasse seu celular e outros pertences.
Foi um batismo de fogo! Ela está no segundo ano da faculdade de Jornalismo, numa correria só. Além do estudo na faculdade há um reforço: inglês na Cultura Inglesa. Daqui a poucos dias iniciará aulas de direção. Foi batizada, com fogo, e passou no teste. E que teste! São Paulo, Capital, oferece dessas coisas. Quem precisa viver em Sampa deve saber que batismos de fogo acontecem sempre. Claro que com pessoas diferentes. Fica a impressão que cada um terá o seu dia. Já experimentamos um pouco da loucura paulistana. Sequestro de minha mulher, assalto de minha filha "primogênita" e eu fui assaltado três vezes.
Claro que seria bom viver num lugar mais calmo. Quem não gostaria? Gostar é uma coisa, poder é outra. É impossível viver em São Paulo, de "maneira bucólica, como se esta metrópole fosse uma imensa caixa de porcelana. O lucro por aqui tem sido a sobrevivência. Não nos alegramos com o que ganhamos (ganhar o quê) e sim com o que temos deixado de perder...
É da vida...
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4 comentários:
Enéias,
Não conheço São Paulo, nem tenciono. Já houve oportunidades para isto mas não me apeteceu. Recentemente, meu filho que está concluindo engenharia de produção ganhou da Bovespa uma visita à São Paulo com tudo pago, hotel, teatro, visita a pontos turísticos e acompanhante.A mãe vai com ele dia 7/5.Eu não. Espero que eles não sejam batizados a fogo e não percam o que não ganharam aí.Cada qual sustenta seus ladrões.Esta caixa de porcelana não me viu!...
Lamentável. Apesar de não conhecê-lo pessoalmente, receba a minha solidariedade e indignação.
O pior é que esse mal não se restringe à São Paulo. Aqui em Maceió, cidade muito menor, a coisa anda brava também. Se não tiver grana pra dar para o assaltante, arrisca-se a morrer por não ter nada pra entregar.
Enéias,
Mais uma para o clube dos iniciados (ou batizados). Lamento pela Michelle.
Já fui assaltado duas vezes em Sampa e sofri um seqüestro relâmpago no Rio. Mas é como disse o Eduardo no comentário anterior, a violência está em toda parte e, proporcionalmente, chega a ser maior em algumas cidades menores.
A vida prossegue...
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