domingo, 31 de julho de 2011

O homem e o sentido da vida

Existe um sentido para a vida humana ou tal sentido é uma busca desesperada feita pelo homem? A grande questão é: existe um propósito para a humanidade ou a humanidade busca um propósito por não aceitar a ausência de sentido (propósito)?

O ateu entende, de forma pura e simples, que a vida tem começo, meio e fim. (lembram-se daquela definição pueril de árvore: “a árvore é um ser vivo que nasce, cresce e morre...”?) Simplesmente assim! Como a vida surgiu? Ele acredita que não é resultante de um propósito, afinal divindades não existem. Não há que se falar em criador e criatura. Para o ateu a vida tem algum sentido? O que seria sentido neste caso?

É confusão permanente acreditar que a vida só tem sentido quando ligada ao dueto criador e criatura. Sentido só existiria (para muitos) no caso de haver algo para além do túmulo. É claro que existem criacionistas que acalentam convicção de que o criador parou por aí mesmo: apenas criou...

Não é certo pensar que para o ateu não existe sentido para a vida humana. Existe um sentido diferente daquele advogado pelos criacionistas. A própria preservação da vida, até o ponto possível, é motivo para lhe dar um sentido (seria mesmo “sentido”?). O senso de fraternidade em favor da raça humana, por si só, é um nobre sentido. Mesmo o ateu acreditando que não houve criação específica como creem, em especial, os cristãos, ele (o ateu) não busca sentido para a vida. Bem diferente disso: ele, quem sabe, tenta dar sentido à vida...

Não estaria aí um esplêndido diferencial? Enquanto os criacionistas buscam sentido para a vida, o ateu não estaria tentando, simplesmente, outorgar sentido à vida que lhe veio, sabe-se lá de qual forma?

Deixarei o assunto, como sempre,  “em aberto”, pois pretendo (sempre) refletir mais um pouco. Concentrar-me-ei no parágrafo acima.

Enéias Teles Borges 
Postagem original: 19/10/2009

3 comentários:

Ricardo Cluk de Castro disse...

Olá Enéias,

O único sentido da vida é a morte, saiu disso é especulação. Cada um aproveite o tempo que tem, mas se não aproveitar não faz mal, depois de morto não sentirá arrependimento pelo que deixou de fazer em vida (rs).

Ykhro disse...

Podemos "passar pela vida" (sentido de tempo e espaço e nossa identificação com ambos), sem que nela vejamos muito sentido (ou: conceituá-la confortável/desconfortavelmente).
E podemos somar um "Quê" de prazer aos prazeres (triviais ou extraordinários) que ela proporciona. Podemos contemplá-la e deixá-la nos surpreender sem conceituá-la.
Conceitos aprisionam, contemplação libera.
Contemplação é tocar com a sensibilidade, mesmo que mergulhados no turbilhão da ação e impactados pela reação (o nonsense da Natureza).
O conceito muda, o conceituador fica.
Se o conceituador continua após a morte, não importa, pois, enquanto ele vive, a morte (para ele) ainda será um conceito.
Deixemo-nos viver, sem pré-viver o conceito.

Anônimo disse...

Viemos ao mundo, porque Deus nos amou primeiro, o propósito da vida, é a glória de Deus e o sentido dela, é a paz com Deus.

Que a paz do Senhor seja contigo!

Elisângela G.F. da Cunha.

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