“A esperança dos homens é a sua razão de viver e de morrer”. (André Malraux)
Quando se tem esperança as nuvens se dispõem a passar permitindo que os raios de sol repousem sobre a alma cansada. Para os que têm certeza de que é possível viver bem e eternamente (no futuro) sempre haverá disposição para viver uma vida terrena, ainda que miserável e para morrer, renegando a esse momento em prol de um momento sublime no futuro.
A questão fica difícil para quem não tem esperança. E por que não possuir essa virtude? Não é por falta de vontade e sim por falta de fé. A razão muitas vezes mostra ao vivente aquilo que muitos não enxergam ou se recusam a enxergar. A realidade nua e crua pode, facilmente, erradicar da humanidade o frescor da esperança.
Para os que não possuem fé resta algo sutil: a aceitação que depois da morte exista o “nada”. O “nada” não traz conforto, mas também não traz a dor. Para os que, não tendo fé, desenvolvem essa esperança a vida atual é menos sofrível e pode se encerrar a qualquer instante. Basta a quem não tem fé numa vida futura, crendo na existência do “nada”, por fim a essa vida curta e insólita via suicídio. Por que o suicídio? Para por fim a essa malograda vida e adentrar os portais do vazio.
Eis, de novo, a esperança!
Enéias Teles Borges
Postagem original: 22/01/2009
Quando se tem esperança as nuvens se dispõem a passar permitindo que os raios de sol repousem sobre a alma cansada. Para os que têm certeza de que é possível viver bem e eternamente (no futuro) sempre haverá disposição para viver uma vida terrena, ainda que miserável e para morrer, renegando a esse momento em prol de um momento sublime no futuro.
A questão fica difícil para quem não tem esperança. E por que não possuir essa virtude? Não é por falta de vontade e sim por falta de fé. A razão muitas vezes mostra ao vivente aquilo que muitos não enxergam ou se recusam a enxergar. A realidade nua e crua pode, facilmente, erradicar da humanidade o frescor da esperança.
Para os que não possuem fé resta algo sutil: a aceitação que depois da morte exista o “nada”. O “nada” não traz conforto, mas também não traz a dor. Para os que, não tendo fé, desenvolvem essa esperança a vida atual é menos sofrível e pode se encerrar a qualquer instante. Basta a quem não tem fé numa vida futura, crendo na existência do “nada”, por fim a essa vida curta e insólita via suicídio. Por que o suicídio? Para por fim a essa malograda vida e adentrar os portais do vazio.
Eis, de novo, a esperança!
Enéias Teles Borges
Postagem original: 22/01/2009
2 comentários:
Na série para televisão chamada "The Mentalist" que vai ao ar todas quintas às 21 horas pela Warner Channel, Patrick Jane (interpretado por Simon Baker) foi certa ocasião questionado por uma colega quanto ao seu ceticismo em relação à vida após a morte.
Ela argumentou que era fundamental se ter a esperança que a vida não termina quando ocorre a morte e que existe uma continuidade.
Patrick simplesmente se limitou a responder: "Eu espero que esteja errada".
Isto vai ao encontro de sua argumentação: Para muitos a esperança está simplesmente num fim que seja verdadeiramente "o fim".
Bem, é claro que este personagem tem suas razões para pensar assim, pois perdeu a esposa e a filha assassinadas por um serial killer monstruoso e atualmente vive uma vida sem muito significado onde o único objetivo maior é ajudar a polícia a prender o assassino.
Se levarmos em consideração que neste Universo nada se cria e nada se perde, mas tudo se transforma, tudo tende a continuar, porém de uma outra forma, mesmo que não tenhamos consciência desta continuidade quando ela ocorrer.
Enéias,
Da nada vieste, e para o nada voltarás.
Postar um comentário