Qual o diferencial entre as pessoas que supostamente vivem em desespero e aquelas que supostamente vivem em paz? Os religiosos costumam dizer que o desespero é decorrente da ausência de Deus no coração...
Sendo assim o que (ou quem) de fato é esse deus? Lembremo-nos que as pessoas que creem na existência de um ser divino escudam-se na fé, isto é, não têm como provar (cientificamente) a existência desse ser superior. Mesmo assim acreditam em sua existência e por isso lançam-se em seus braços de amor...
Imaginemos a seguinte situação:
Uma mulher apaixonada despede-se do seu marido que segue para bem longe e lhe deixa uma promessa: a de que voltaria, custasse o que custasse para ficar ao lado dela para sempre. A mulher faz um voto de que seria somente dele e o esperaria, também, para sempre.
Ocorre que esse homem ao sair de sua casa sofre um assalto. Matam-no e queimam os documentos. Destroem completamente o seu corpo com ácido. Ninguém sabe do seu paradeiro. Tornou-se inexistente!
Enquanto isso a esposa espera, pensando que ele está longe e que um dia virá. O tempo passa sem que ela saiba do final trágico da vida do marido. Segue honrando o voto de que o esperaria e com o coração sempre cheio de esperança.
A devotada mulher morre bem velhinha, mas sem rever o seu amado, mas ainda conservando em si a chama da esperança. Antes de morrer ela diz: anotem em algum lugar que eu esperei até momentos antes de morrer e que foi essa esperança de revê-lo que manteve em mim a chama da vida...
A morte chegou antes da realização da esperança e ironizando o adágio de que ela, a esperança, é a última que morre (mas morre ou não morre?). Parece dramático? Fazem idéia de quantos casos parecidos ocorreram de fato?
Depois da ilustração volto a perguntar: Quem afinal é esse deus que acalenta os sonhos, mantém pessoas em paz? Que deus é esse que impede a derrocada de muitos, funciona como freio social e que é permanente portador de boas novas? Novas repetidas há séculos?
Não seria esse ser a “esperança” que sendo baseada ou não na verdade mantém os fiéis esperando até a hora da morte? Morte que tem ocorrido sempre antes da concretização dela (esperança), esta que pode ser a última a morrer?
Um fato é real e contra ele ninguém se insurgirá: esse deus, existindo ou não, mantém muitos em paz, muitos em contrição, muitos com os olhos voltados para o alto, muitos esperando um futuro brilhante e eterno...
Poderíamos chamar esse deus simplesmente de esperança? Afinal sendo um ser real ou não, fruto da imaginação humana ou criador da humanidade, eis que ele está dentro do coração de muitos, que pelos efeitos da fé não questionam sua existência real. Esses que, por isso, dormem nos seus “braços de amor”...
O que de fato existe no coração de muitos é uma esperança de que exista um deus e que esse deus seja o criador de tudo. Sendo criador de tudo tenha elegido o homem como sua obra prima. Enfim que seja um ser pessoal e preocupado com o futuro do homem...
Mas convenhamos: crer em sua existência é nada mais nada menos do que a esperança. Sim a esperança de esse deus exista. Essa esperança é que mantém muitos homens e mulheres em paz até a morte. Morte que insta em chegar antes da concretização da esperança. Esperança que é a última que morre...
Afinal, a esperança morre ou não morre?
Enéias Teles Borges - Autor
Postagem original: 25/01/2009
-
Sendo assim o que (ou quem) de fato é esse deus? Lembremo-nos que as pessoas que creem na existência de um ser divino escudam-se na fé, isto é, não têm como provar (cientificamente) a existência desse ser superior. Mesmo assim acreditam em sua existência e por isso lançam-se em seus braços de amor...
Imaginemos a seguinte situação:
Uma mulher apaixonada despede-se do seu marido que segue para bem longe e lhe deixa uma promessa: a de que voltaria, custasse o que custasse para ficar ao lado dela para sempre. A mulher faz um voto de que seria somente dele e o esperaria, também, para sempre.
Ocorre que esse homem ao sair de sua casa sofre um assalto. Matam-no e queimam os documentos. Destroem completamente o seu corpo com ácido. Ninguém sabe do seu paradeiro. Tornou-se inexistente!
Enquanto isso a esposa espera, pensando que ele está longe e que um dia virá. O tempo passa sem que ela saiba do final trágico da vida do marido. Segue honrando o voto de que o esperaria e com o coração sempre cheio de esperança.
A devotada mulher morre bem velhinha, mas sem rever o seu amado, mas ainda conservando em si a chama da esperança. Antes de morrer ela diz: anotem em algum lugar que eu esperei até momentos antes de morrer e que foi essa esperança de revê-lo que manteve em mim a chama da vida...
A morte chegou antes da realização da esperança e ironizando o adágio de que ela, a esperança, é a última que morre (mas morre ou não morre?). Parece dramático? Fazem idéia de quantos casos parecidos ocorreram de fato?
Depois da ilustração volto a perguntar: Quem afinal é esse deus que acalenta os sonhos, mantém pessoas em paz? Que deus é esse que impede a derrocada de muitos, funciona como freio social e que é permanente portador de boas novas? Novas repetidas há séculos?
Não seria esse ser a “esperança” que sendo baseada ou não na verdade mantém os fiéis esperando até a hora da morte? Morte que tem ocorrido sempre antes da concretização dela (esperança), esta que pode ser a última a morrer?
Um fato é real e contra ele ninguém se insurgirá: esse deus, existindo ou não, mantém muitos em paz, muitos em contrição, muitos com os olhos voltados para o alto, muitos esperando um futuro brilhante e eterno...
Poderíamos chamar esse deus simplesmente de esperança? Afinal sendo um ser real ou não, fruto da imaginação humana ou criador da humanidade, eis que ele está dentro do coração de muitos, que pelos efeitos da fé não questionam sua existência real. Esses que, por isso, dormem nos seus “braços de amor”...
O que de fato existe no coração de muitos é uma esperança de que exista um deus e que esse deus seja o criador de tudo. Sendo criador de tudo tenha elegido o homem como sua obra prima. Enfim que seja um ser pessoal e preocupado com o futuro do homem...
Mas convenhamos: crer em sua existência é nada mais nada menos do que a esperança. Sim a esperança de esse deus exista. Essa esperança é que mantém muitos homens e mulheres em paz até a morte. Morte que insta em chegar antes da concretização da esperança. Esperança que é a última que morre...
Afinal, a esperança morre ou não morre?
Enéias Teles Borges - Autor
Postagem original: 25/01/2009
-
4 comentários:
A palavra “deus” é utilizada como sinônimo para muita coisa, dentre elas “esperança”, assim, tanto faz eu dizer “que tenho esperança na cura” como “aguardo em deus a cura”.
O termo ”deus” também é bastante utilizado como sinônimo para sorte, para resultado de um trabalho bem feito, para azar... ou seja, há deus para todo gosto e necessidade.
Por muito menos que um texto como este, você seria queimado vivo em praça pública como um herege. E eu provavelmente iria junto por elogia-lo e concordar com sua argumentação.
Parabéns!
Efeito placebo?
Olá Gostei da imagem que você usou no seu artigo sobre Deus e a Esperança e peço licença para coloca-la no meu blog:
http://konektigi.blogspot.com
Veja também meus outros blogs em
http://universotrade.blogspot.com
http://drbachflower.blogspot.com
http://biometrio.blogspot.com
http://drbachflower.blogspot.com
http://purgly.blogspot.com
http://purgly.wordpress.com
e veja tambem meu mapa social em
http://xeesm.com/JorgePurgly
Um abraço,
Jorge
Postar um comentário