“Eu vou para onde esse trilho me levar” (canto popular). Opção de muitos. Quem sabe por não haver algo mais a ser escolhido. Talvez por mera comodidade ou, vai saber, por condicionamento. Fato é que seguir o trilho parece ser o exercício de opção da maioria.
Enéias Teles Borges
Postagem original: 30/10/2008
Alguns até imaginam os lugares pelos quais passará o trilho. Caminhos planos e elevados, pontes e curvas. Paisagens bonitas e outras tenebrosas. Quem segue o trilho não está dentro do trem. Passa pelos mesmos pontos, mas não está no trem e não se beneficia do que a locomotiva tem a oferecer. Nada de conforto e nada de velocidade.
Fazer do trilho a opção de vida é quase uma entrega a um caminho traçado por terceiros e para outro objetivo. Muitos seguem o trilho porque sabem que certamente chegarão a algum lugar. Um trilho não segue em direção ao vazio. Sabe-se, porém, que o trilho não foi feito para ser utilizado como mapa para quem anda e sim para deslocamento de um veículo que impede justamente isso: o desconforto de se chegar a algum lugar andando...
Há momentos na vida, entretanto, que seguir o trilho é a única opção. A vida lança pessoas num ambiente desconhecido, sem mapa e sem referências. Quem está perdido e tem como opção apenas o trilho o que deve fazer?
É que o trilho muitas vezes caminha ao lado da esperança. A desgraceira humana deixa muita gente sem opção a não ser seguir um trilho.
Seguem o trilho e carregam no peito a esperança de que esse trilho os leve a algum lugar de alento e paz...
Que lugar seria esse?
Enéias Teles Borges
Postagem original: 30/10/2008
Um comentário:
Canção popular?
Conheço a música que contém esta frase (Eu vou para onde este trilho me levar), mas como parte do hino 481 do Hinário Adventista:
Sigo a perigosa estrada deste meu viver,
Onde cada passo em falso pode ser meu fim.
Mas eu sigo em frente, pondo sempre os meus pés
Sobre as pegadas que Jesus deixou pra mim.
Eu vou para onde este trilho me levar;
Quero no final dele encontrar o meu Jesus.
E se alguém vier atrás de mim por onde vou,
Vai ver que Cristo e eu deixamos uma pegada só.
Na década de 70 era apenas um "corinho" cantado nas antigas ligas MV, juntamente com outros como: "Uma harpa tem Davi".
He, he, he... Estamos ficando velhos.
Quanto a sua reflexão sobre "seguir os trilhos" achei interessante.
Li histórias de pessoas perdidas que conseguiram se salvar ao encontrar um trilho de trem para se orientarem.
Seguir um trilho que leve há algum lugar é melhor do que ficar andando em círculos tentando encontrar algum caminho.
Por outro lado, se você fosse um judeu na década de 40 e encontrasse um trilho, talvez não fosse um bom negócio segui-lo. Ele poderia te levar mais rápido para Auschwitz.
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