Antes de mais nada algo precisa ficar bem claro: incrédulo questiona um credo o que o difere de um ateu que crê na inexistência de Deus.
Isso posto vamos à luta: eu tenho tido cada vez mais motivos para crer cada vez menos. Por quê? Porque a contradição está campeando em todos os cantos. Existe um jogo de adaptação em andamento e tudo por causa dos recentes avanços da ciência e também em virtude das calamidades mundiais.
As bandeiras da fé estão readaptando seus credos numa tentativa estranha de fazê-los coerentes com os fatos cotidianos. Todas as bandeiras da fé estão procedendo dessa forma. Repito: todas!
Como seria possível detectar a mudança de rumo do navio? Simples: quando alguém deixa de ser considerado profeta e passa a ser apresentado como conselheiro e/ou servo de Deus. Aquilo que parece um exercício de humildade é uma fuga desesperada. O profeta antecipa fatos relativos a eventos futuros. O conselheiro emite opiniões e sugestões que não entram no campo da escatologia e premonições. É isso mesmo! As gerações novas que entram para o meio começarão a conviver com a nova realidade e com o passar do tempo sequer imaginarão que no passado a crença era outra.
Isso tem um título: “Revelação Progressiva”. É claro que uma simples análise do sentido dessa frase já denotaria o ponto central do engodo: jogar para debaixo do tapete o passado como se esse jamais tivesse existido...
Tenho feito sugestões às pessoas sérias que são presas aos movimentos históricos de suas respectivas agremiações religiosas: basta pegar a literatura difundida nos últimos 50 anos e começar a comparar as interpretações anteriores com as atuais.
Será fácil notar a inconsistência em face da revelação progressiva que é seqüencial e sempre coerente com os ditames anteriores. Qualquer introdução, no contexto da fé, de interpretações que são incoerentes com as interpretações anteriores deve, essa introdução, ser considerada falaciosa.
Em sendo verdade o que vinha sendo pregado até então há que se considerar que os ensinamentos atuais têm o fito de enganar a todos e em especial “os escolhidos”...
Concluo o texto remetendo-o ao seu título: há motivo justo para a incredulidade? Nos momentos atuais sim. Eu diria que quanto ao que tem sido veiculado nos meios da fé melhor ser igual ao discípulo Tomé...
Enéias Teles Borges
Postagem original: 02/10/2008
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Isso posto vamos à luta: eu tenho tido cada vez mais motivos para crer cada vez menos. Por quê? Porque a contradição está campeando em todos os cantos. Existe um jogo de adaptação em andamento e tudo por causa dos recentes avanços da ciência e também em virtude das calamidades mundiais.
As bandeiras da fé estão readaptando seus credos numa tentativa estranha de fazê-los coerentes com os fatos cotidianos. Todas as bandeiras da fé estão procedendo dessa forma. Repito: todas!
Como seria possível detectar a mudança de rumo do navio? Simples: quando alguém deixa de ser considerado profeta e passa a ser apresentado como conselheiro e/ou servo de Deus. Aquilo que parece um exercício de humildade é uma fuga desesperada. O profeta antecipa fatos relativos a eventos futuros. O conselheiro emite opiniões e sugestões que não entram no campo da escatologia e premonições. É isso mesmo! As gerações novas que entram para o meio começarão a conviver com a nova realidade e com o passar do tempo sequer imaginarão que no passado a crença era outra.
Isso tem um título: “Revelação Progressiva”. É claro que uma simples análise do sentido dessa frase já denotaria o ponto central do engodo: jogar para debaixo do tapete o passado como se esse jamais tivesse existido...
Tenho feito sugestões às pessoas sérias que são presas aos movimentos históricos de suas respectivas agremiações religiosas: basta pegar a literatura difundida nos últimos 50 anos e começar a comparar as interpretações anteriores com as atuais.
Será fácil notar a inconsistência em face da revelação progressiva que é seqüencial e sempre coerente com os ditames anteriores. Qualquer introdução, no contexto da fé, de interpretações que são incoerentes com as interpretações anteriores deve, essa introdução, ser considerada falaciosa.
Em sendo verdade o que vinha sendo pregado até então há que se considerar que os ensinamentos atuais têm o fito de enganar a todos e em especial “os escolhidos”...
Concluo o texto remetendo-o ao seu título: há motivo justo para a incredulidade? Nos momentos atuais sim. Eu diria que quanto ao que tem sido veiculado nos meios da fé melhor ser igual ao discípulo Tomé...
Enéias Teles Borges
Postagem original: 02/10/2008
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Um comentário:
Existe sempre espaço e tempo para se emitir opiniões sejam elas coerentes ou incoerentes... Mas o que é coerência ou incoerência senão argumento que a razão concorda ou não concorda? De certo, todas as opiniões passarão, mas a Verdade permanece incólume, pois não consegue contradizer-se... Quem a vive sabe disso; quem não a vive, apenas emite opiniões e nada mais...
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
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