quinta-feira, 28 de maio de 2009

CONSELHO AOS CONSELHEIROS


Uma das virtudes humanas que mais me gera admiração é a capacidade de ouvir. Ouvir com empatia. Ouvir pura e simples. Abrir mão de sua vida e de seus problemas para, por alguns momentos, ouvir o desabafo de outro. Infelizmente, essa capacidade me parece estar cada vez mais escassa. Em toda minha vida, não me lembro de ter encontrado mais do que quatro ou cinco pessoas detentoras dessa virtude que tanto admiro.
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Para ler o texto completo basta teclar em: [leite com manga faz mal].
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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Por que as pessoas mentem?

A pergunta acima foi feita por minha filha, então com cinco anos. Naquele ano de 1989 em virtude de uma análise do calendário judaico, que segundo os alarmistas, apontava para seis mil anos (vida na terra) e imaginava-se que num determinado dia daquele ano o mundo, como conhecemos, teria seu fim. Até as emissoras de rádio e de televisão aconselharam os pais: deveriam ficar com os filhos naquele dia, para que eles não sentissem medo daquilo tudo. Era mais uma “profecia” louca!

Lembro-me que no dia fatídico eu fiquei com a minha filha mais nova. Dizendo que era tudo bobagem. À noite permaneci ao seu lado até que dormisse. Dormiu com medo. Tinha ouvido de muita gente essa “profecia” e com a idade que tinha viveu momentos de terror.

Na manhã seguinte, quando ela acordou, eu lhe disse: “viu? O mundo não acabou!”

Ela olhou para mim e perguntou: “pai, por que as pessoas mentem?”

Eu levei algum tempo para explicar a diferença entre profecia equivocada ou precipitada e a mentira.

Ela aceitou minha explicação, confiando na minha condição de pai. Mas ficou inconformada com o ocorrido. Tinha sofrido tanto por algo difundido por fanáticos irresponsáveis!

É importante atentar para as centenas de “profecias” à disposição no “mercado da fé”.

A visita de Bento XVI aos Estados Unidos já promoveu muitas análises especulativas. Seriam mentirosas? Verdadeiras? Profecias expostas precipitadamente?

Não sei.

Mas insisto: vamos ler, ouvir e só falar depois...

Nota atual do Editor: o papa esteve nos EUA e como devem notar "tudo continua como dantes na casa do Abrantes..."

Postagem anterior: 16/04/2008.
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terça-feira, 26 de maio de 2009

UM POR TODOS E TODOS POR UM

A família, mesmo aquela tida como tradicional, anda padecendo. É conseqüência dos males hodiernos. As redefinições dos procedimentos cotidianos têm contribuído para um novo tipo de relacionamento familiar. É necessário repensar a forma como a convivência entre os membros de uma família deve ser em face do quadro atual.

Continua sendo preponderante a máxima dos mosqueteiros do rei: “um por todos e todos por um”. A maneira como isso dever ser aplicado é bem singular. Cada membro da família ponderará acerca da causa e efeito dentro de casa. Antes de qualquer atitude pensar: “o que isso afetará a minha família”? É bem por aí mesmo! A família passa a ser esse “um”. A paráfrase é simples: “a família por todos e todos pela família”.

O egoísmo e o egocentrismo precisam ser erradicados do lar. A conscientização deverá ser centrada na família. No bem-estar coletivo familiar. Parece óbvio? Simples demais?

Observem os pequenos acontecimentos diários: lar da classe média, um carro com o pai e o outro com a mãe. Filhos que se deslocam para as escolas em lotação escolar ou ônibus de rotina. Compromissos que forçam membros da família a quebrar a rotina e com isso suprir essa mudança promovida por um.

Imaginem mais: isso acontecendo todo dia!

É na análise dos pequenos acontecimentos que a família vai criando a sua rotina. Essa rotina não será, necessariamente, parecida com a do vizinho ou com a do melhor amigo. Cada família tem a sua característica. Cada célula tem formas diferentes de tocar a vida. Cada dia é diferente na vida de uma família, comparado com a de outro núcleo.

O que não se pode exigir é resultado igual entre famílias quando as rotinas são diferentes.

Os membros de uma família precisam pensar primeiro no bem estar da sua casa. Nada de olhar sobre os muros do vizinho. Não é momento de criticar, pois cada “um é cada um” e também não é hora de ajudar. Como alguém pode ajudar se ainda não se colocou devidamente no novo contexto? Um cego guiando outro?

Frisa-se que as alegrias e mazelas do dia-a-dia afetam a todos e em todos os contextos: do trabalho, social e religioso.

Eis porque as pessoas devem olhar com simpatia para os que estão do seu lado. Não se sabe a luta travada pelas famílias desse mundão afora.

Talvez aí esteja o grande testemunho que cada um pode dar: a família pelos membros e os membros pela família. Somente depois desse passo, que deve ser o primeiro e o fundamento, será possível contribuir como uma bênção social.

Vivemos num momento em que um bom exemplo dado pela família vale muito mais do que muitas ações tidas como meritórias.
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Postagem original: 18/04/2008.
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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Azeitando o sapo

Para os que conhecem a capital paulista será fácil entender meu trajeto. Na quinta-feira, 03/04/2008, eu saí do Fórum Criminal Federal, na Alameda Ministro Rocha Azevedo e andei pela Avenida Paulista, passando na frente do vão do MASP e entrei no metrô. Fiz baldeação saindo dessa linha verde e passando para a azul na estação Paraíso. Eu tinha como destino a estação Sé.

Dentro do metrô, linha azul, eu vi. Era um garoto com cerca de seis anos. Estava numa cadeira de rodas. O metrô cheio. Ele usava roupa típica para a sua idade. Óculos “fundo de garrafa” e um olhar triste. Muito triste. Ele estava pensando, queixo sobre as mãos. Era desagradável vê-lo assim. Possivelmente pensava na rotina que vivia todo dia. Não podia viver como as demais crianças.

Eu não conseguia deixar de olhar para o garoto.

Vi mais: a mãe! Ela tinha uma aparência que transmitia cansaço. Que loucura deve ser a vida daquela mulher! O que ela precisava dizer sempre ao filho, motivando-o? Sabe-se lá o quê!

De repente ela olhou para o filho, e estendeu a mão. Os dedos entre os cabelos do garoto e um olhar cálido. Aquele mesmo de uma verdadeira mãe. Fiquei comovido e ao mesmo tempo tomado por um sentimento inexplicável de plena incapacidade.

Meu Deus e os excluídos?

Eles desceram na estação Sé. Seguiram na direção imutável da rotina que lhes é peculiar. Eu também desci e dei seqüência à minha vida. Vida?

Meus amigos, a vida é bela? É feia?

Ultimamente tenho me motivado por contraste ou algo assim. Contemplo o meu viver e sei que muitos estão em situação bem pior. Com isso eu me julgo proibido de lamentar da vida. Penso assim: “poderia ser pior...”

A que ponto chega o homem! Engolir um “sapo” e dizer algo mais ou menos dessa forma: “pelo menos o sapo que eu engoli estava azeitado e desceu com menos dificuldade; pior seria engolir o sapo seco, dilacerando a garganta”.

Meu Deus e os excluídos?

Talvez aí esteja o real enfoque dos promotores da alienação em massa. Sempre contrastar os momentos de uns com os de outros em situação pior, induzindo aqueles ao agradecimento. “Graças a Deus, poderia ser pior”. Seria uma motivação correta? Seria o azeite no sapo?

Não julgo, mas vejo. Não avalio, mas enxergo. A vida real é dura e não nos permite o uso permanente de paliativos. Como diriam alguns: “um dia a casa cairá”. O uso constante desses paliativos alienantes nos impede de lutar pela sobrevivência real.

A vida é dura, mas pelo menos estamos vivos. Que tal essa? É necessário lutar nesta vida, lembrando-se sempre que a vida é eterna. Eterna enquanto dure. Essa foi boa?

Para os que precisam “azeitar o sapo” eu informo que existem vários tipos de azeite. Mas aquele considerado como o mais eficaz é o famoso AZEITE RELIGIÃO.
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Postado anteriormente no dia 05/04/2008.
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segunda-feira, 18 de maio de 2009

A TAL LIBERDADE...

Estive em Tremembé, cidade que fica pertinho de Taubaté. Motivo: exercer parte amarga de minha profissão - visitar um preso. É atividade que devo desempenhar com galhardia, mas confesso que não é muito fácil. Procurei seguir a rotina básica, saindo de São Paulo logo cedo e encarando a estrada. Das nove às onze horas eu fiquei no parlatório ouvido e falando, ouvindo e instruindo, ouvindo e pensando. E pensando no valor da liberdade...

Ali no presídio tudo é precioso. Uma carta que é recebida, uma visita de parente e até mesmo a presença do advogado. Sim, do advogado!

Penso que só há algo que pode sobrepujar a prisão do corpo. Somente a prisão da mente pode suplantar essa impossibilidade para ir e vir.

Um diferencial marcante que me faz refletir: as pessoas num presídio só podem sair após cumprimento da pena, indulto ou qualquer ato jurídico similar.

As pessoas que têm as mentes presas até poderiam exercer a liberdade. Muitas não fazem porque não sabem. Não sabem que estão presas. Cativas da alienação. Outras, num permanente estado de fuga, usam a prisão da mente, num exercício espontâneo de venda do livre pensar.

Enquanto o presidiário é cercado de muros e telhado o alienado permite a existência de muros e tetos virtuais. O preso físico estima a liberdade. A mente enclausurada não tem idéia do que seja tal estima.

Voltei de Tremembé pensando nisso. Que podemos, sim, alçar vôo! Num céu de brigadeiro dar asas à imaginação. É a tal liberdade...
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Postado anteriormente no dia 01/04/2008.
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quarta-feira, 13 de maio de 2009

FORMANDO ESTEREÓTIPOS

Por que muitas vezes os evangélicos são ridicularizados? Será que existe uma disposição crescente para tal situação? Será que algumas pessoas, mesmo que sem tal propósito, têm colaborado para a formação dos estereótipos como aquele apresentado numa novela da TV Globo?

Às vezes eu tenho reparado no comportamento de alguns prosélitos que se sentem na obrigação de conduzir as pessoas “ao verdadeiro caminho”. Impressiona-me a convicção que todos eles têm de que estão na luz e que as demais pessoas precisam sair das trevas. Vale dizer que qualquer pessoa que não comungue da mesma fé deles está envolto na escuridão.

Quero exemplificar narrando um episódio ao qual presenciei, faz pouco tempo, no meu local de trabalho. Lá milita um senhor que está sempre “testemunhando”. E na maioria das vezes criticando o comportamento das demais pessoas.

Numa segunda feira estávamos falando de futebol. Comentando os resultados da rodada que tinha se encerrado no domingo. Alguém olhou para esse fiel e perguntou: “para qual time você torce?”. Eis que de forma firme, mostrando que falava em nome de Deus, respondeu: “torço para dois times que são Santos do Senhor e Botafogo no Capeta”.

E aí como é que fica? O que dizer depois de uma resposta dessa? Podem ter certeza de que ele se sentiu com a missão cumprida. Testemunhou perante várias pessoas...

Talvez aí resida parte do problema, o da criação dos estereótipos. O povo (incluindo a Globo) aumenta, mas não inventa.

Concluo chamando a sua atenção para isso. A mídia televisiva muitas vezes atua como um caricaturista, destacando aquilo que mais chama a atenção.

Convenhamos: a televisão exagera, mas a fonte de inspiração está bem aqui, do nosso lado...
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Publicado anteriormente no dia 24/03/2008.
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terça-feira, 12 de maio de 2009

Medo de mudar?

Vanderlei Luxemburgo é o atual técnico do Palmeiras. É um dos melhores treinadores de futebol do Brasil. Alguns o consideram o melhor. Não importa muito isso agora. Fato é que, volta e meia, ele vem com uma frase, que muitos detestam, mas que tem lá o seu sentido: “o medo de perder tira a vontade de ganhar”. É assim que ele cativa seus jogadores sugerindo que a melhor defesa é o ataque.

O que podemos aproveitar disso para refletir um pouco?

Vivemos num momento histórico em que é impossível ter certeza de que o caminho que percorremos é o correto. Na educação dos filhos, no trabalho, na escola (...). Parece-nos que os ensinamentos que recebemos estão obsoletos (não me refiro aos princípios fundamentais inerentes). As mensagens que ouvimos e os conselhos que são ministrados parecem subprodutos de um mundo virtual, parecido com aquele do filme MATRIX.

É aí que parafraseio a assertiva do Luxemburgo: “o medo da mudar tira a vontade de investir”.

É por aí mesmo! A mesmice tem incomodado, mas o medo da mudança de paradigma tem efetivado nas pessoas um comportamento estático. Basta uma observação atenta. Mesmo sentindo que o caminho trilhado no momento não parece ser o ideal as pessoas instam em permanecer nele. Vêem na dúvida um benefício. Na dúvida, não se muda. Isso é bom? Ruim?

Não tenho certeza de que é ruim ou bom. Mas na dúvida busco uma alternativa. Prefiro errar em busca de mudança a errar por não me mover.

Vale a pena pensar assim?
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Postagem original: 22/03/2008.
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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Exploração do lenocínio?

Cresce no Brasil um clamor em torno da exploração do lenocínio. O termo lenocínio é entendido de forma bem objetiva: “ação de explorar, estimular ou favorecer o comércio carnal ilícito, ou induzir ou constranger alguém à sua prática” (dicionário Houaiss). Expressar "exploração do lenocínio" parece redundante, mas é como tem sido apreendido no cotidiano.

Sabemos que a prostituição no Brasil não é crime. Nada impede a pessoa de oferecer esse tipo de serviço personalizado e auferir recursos. O problema é que terceiros (não é de hoje) exploram essa atividade, tornando-a um comércio que não fica adstrito apenas às pessoas que se prostituem por dinheiro.

A questão que fica clara é simples. Inúmeros fatores impedem a ação da Justiça no combate ao lenocínio. É necessário, de certa forma, proteger quem optou por esse tipo de vida profissional. Pode até parecer imoral para muitos, mas é fato que essa atividade está aí, bem visível.

Com a falta de controle legal, as casas de prostituição funcionam de forma clandestina e longe do alcance da lei. A falta dessa vigilância impede a implementação de alguns controles fundamentais e entre eles o suporte da saúde pública.

A pergunta que emerge: permitir essa exploração seria uma forma de minorar o problema? Caso as casas sejam “legalizadas” não seria mais fácil fiscalizar? Não seria possível tributar essa atividade econômica gigantesca? Isso mesmo! Tributar! Parece absurdo, mas a atividade econômica pressupõe relação com o poder arrecadador.

Imagino que estejamos perto deste tipo de ação.

Observem que o argumento, de que a prostituição no Brasil é um caso de “saúde pública”, é passo inicial para a legalização dessa atividade e aí não veríamos mais o lenocínio como crime.

O que seria pior: ficar como está ou dar esse passo? Permitir a exploração e conseqüente vigilância da lei?

Não estamos falando de banimento do problema e sim da opção pelo mal menor.

Não faço juízo de valor, apenas me atenho a fatos concretos.

Teorizar sobre esse tema é fácil. Difícil é apresentar solução eficaz e sem demagogia.

Bom assunto para se pensar e fugir um pouco da alienação que insta em bater à porta...
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Postado originalmente no dia 11/03/2008.
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quinta-feira, 7 de maio de 2009

UMA PROFESSORA JUSTA

Imaginem uma dedicada professora que se encontrava observando seus alunos no intervalo das aulas.

De repente começou uma confusão. Os alunos falavam alto, cada um tentava se sobrepor aos demais. Uma confusão enorme.

A educadora notou que não havia discussão entre um grupo e outro (não eram duas facções). Eram todos contra todos. Cada um por si. Isso a surpreendeu.

Gritou e todos pararam. Perguntou: o que se passa? Quero ouvir as explicações!

Os alunos correram em sua direção e aqueles que estavam mais próximos chegaram primeiro. Foi organizada uma fila indiana.

Ela quis saber do primeiro o que sucedia. Observou que cada um dos alunos tinha uma versão diferente para o assunto em tela.

O primeiro falou com tanto brilhantismo que ela quase se convenceu de que ele estava certo, mas resolveu ouvir todos! Questão de justiça!

O segundo foi tão consistente no arrazoado que ela ficou com dúvida entre os pontos asseverados pelos dois primeiros.

Com o terceiro a situação se agravou. E foi ouvindo e se assustando. Todos pareciam estar corretos. Fez questão de colher o depoimento de cada um e no final não conseguiu saber quem estava certo ou errado. Cada cabeça possuía uma versão que parecia ser a correta.

Acalmou os alunos, expôs seu ponto de vista e disse que não reunia condições de fazer justiça. A seu modo cada aluno detinha certa razão ou todos (todos mesmo) estavam equivocados.

Voltando para casa ela se viu a refletir. Como aquilo era possível? Uma questão aparentemente simples e definitiva tinha muitas variantes interpretativas. Isso se passou entre pequenos alunos de uma humilde escola do interior.

Eis que ela se apavorou! Não seria assim na vida?

Quantas vezes ela, uma professora, tinha ouvido todas as versões a respeito de qualquer assunto? Como ela tinha chegado às suas conclusões políticas? E as filosóficas? O que dizer de suas convicções religiosas?

Sentiu-se uma pessoa injusta. Como seria possível afirmar que estava correta em suas convicções pessoais se não tinha ouvido todas as versões?

Lembrou-se que firmara seu pensamento político com base no que ouvira do seu pai e sem contestar. Filosofia? A mesma coisa. Teve ótimos professores, mas que só lhe mostraram um lado da moeda.

E a sua religião? Foi fácil concluir que o que professava era oriundo de uma tradição que lhe fora repassada por seus pais. Em outras palavras: aceitou a versão de quem chegou primeiro. Sem ouvir o segundo, o terceiro...

Que loucura!

Foi assim que a professora começou a fazer justiça no presente, corrigindo o passado. Despiu-se de preconceitos e foi ouvir as versões dos demais.

Questão de justiça! Honestidade! Coerência!

Será que essa ilustração serve para nós? Por que somos assim? Somos resultado de uma visão ampla da vida? Seríamos fruto da tradição que nos chegou em primeiro lugar?

Essas perguntas inquietantes sempre querem nos lembrar: somos convictos ou alienados?
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Publicação original: 07/03/2008.
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segunda-feira, 4 de maio de 2009

CLIMA DE MONTANHA - II

Clima de montanha - II
Enéias Teles Borges


Aproveitamos (minha esposa e eu) o feriado prolongado de primeiro de maio para retornar à montanha. Desta feita fomos ao Distrito de Monte Verde, Camanducaia, nas Minas Gerais. Ficamos hospedados numa pousada (chalés) que fica perto (cerca de 10 km) de Monte Verde. Green Moutains Hotel (http://www.greenhotel.com.br/). Mais uma vez pudemos comprovar: ainda existem lugares, nas proximidades dos grandes centros, que nos permitem apreciar a paisagem, o clima e o silêncio.

Recomendo aos amigos leitores. Trata-se de uma pousada simples e agradável. Chalés confortáveis com aquecimento a gás, café da manhã e preços honestos. A cidade, então, é um convite ao bem-estar. Ligeiramente mais fria que Campos do Jordão, Monte Verde é um paraíso para quem gosta de ecoturismo, alimentação salutar, clima de montanha e roupas de lã, malhas e casacos. É possível esquecer que existe um mundo caótico logo embaixo.

Fiquei me perguntando se conseguiria morar num lugar assim. Pesando na balança Campos do Jordão acaba sendo melhor. Está perto do litoral e de uma cidade com maior estrutura (Taubaté). Monte Verde serve mais para quem quer se isolar da agitação dos grandes centros. É um lugar que facilita a própria preservação.

Hoje, segunda-feira, eu estou de volta à labuta. O dia está curto para tudo o que será necessário fazer. Vencido o mês de abril com o famigerado imposto de renda, maio se apresenta pedindo compensação para o restante da rotina.

Estamos prontos? Acredito que sim e em especial depois do descanso no paraíso conhecido como Monte Verde.

Bom dia Brasil!
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